O
jornalista Arimateia Azevedo, colunista do Portal AZ de Teresina, no Piauí,
está munido de Habeas Corpus Preventivo para não ser preso em eventual decisão
do juiz da 8a Vara Criminal de Teresina. O pedido de prisão preventiva contra
Arimatéia Azevedo foi feito pelo desembargador Erivan José Lopes, ex-presidente
do Tribunal de Justiça do Piaui.
O
desembargador ingressou na Justiça com ação por crime contra a honra, por conta
de matérias jornalísticas publicadas por Arimatéia. Até já ocorreu a audiência
de instrução do caso, mas vai ser refeita, remarcada para março, porque a
defesa do desembargador denunciou falhas no sistema de som do tribunal. O
jornalista pede perícia no sistema.
Arimatéia
Azevedo e parte da mídia piauiense, publicaram notícias sobre a denúncia do
promotor da cidade de Luis Correia, Galeno Aristoteles, sobre suposto
envolvimento do desembargador Erivan Loes com a grilarem de terras no litoral.
Galeno divulgou áudios e textos de conversas do magistrado com pessoas
supostamente envolvidas no que o promotor denominou ‘organização criminosa’,
entre os Manoel Barbosa, titular do cartório da cidade.
Concomitantemente
à ação que move contra o jornalista Arimatéia Azevedo, o desembargador Erivan,
sentindo-se incomodado com as publicações, conseguiu uma liminar junto ao juiz
da 8ª Vara Criminal para proibir o jornalista de citar o seu nome. Semana
passada, os advogados de Erivan pediram a prisão preventiva de Arimatéia
Azevedo.
A
defesa do jornalista se antecipou à decisão do juiz e ingressou com Habeas
Corpus preventivo no Tribunal do PIAUÍ e conseguiu o chamado Salvo-Conduto, que
impede Azevedo de ser preso.
Arimatéia
Azevedo insiste que não pode ser responsabilizado criminalmente por seus
textos, que somente relatam fatos públicos, e que também foram objeto de
comentário em outros portais e órgãos da imprensa. Para ele, Erivan se defende
procurando calar a imprensa do Piauí.
O
primeiro e único profissional da imprensa piauiense a denunciar o crime
organizado no Piauí, nos anos 80, que resultou na prisão do chefe da
organização criminosa, o coronel PM Correia Lima e seu bando, o jornalista
Arimateia Azevedo coleciona mais de uma centena de processos por denuncia
supostas ilegalidades cometidas principalmente por agentes públicos.
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