Do Jornal Pequeno –
O deputado federal e ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares (PSDB)
esteve no centro das atenções, nas últimas semanas. Em entrevista exclusiva ao
JP, reafirma sua pré-candidatura ao Senado Federal e o apoio a Roberto Rocha ao
Governo do Estado. Com apoio do presidenciável, Geraldo Alckmin, o ex-governador
critica as especulações e esclarece sobre um suposto afastamento do PSDB
maranhense. “Divulgar que eu não apoio Roberto é um argumento muito pífio para
disputar a vaga da minha candidatura ao Senado justamente porque não isso é
verídico”, esclarece.
“Divulgar
que eu não apoio Roberto é um argumento muito pífio para disputar a vaga da
minha futura candidatura ao Senado”.
“Não
existe lógica em não apoiar um membro do meu próprio partido. Se estou filiado
no PSDB, é óbvio que apoio Roberto Rocha ao Governo do Maranhão”.
Jornal
Pequeno – Nas últimas semanas, muitas especulações foram feitas em torno da sua
pré-candidatura ao Senado e de um possível afastamento do PSDB local. O
senhor permanece na disputa ao cargo de senador?
Zé
Reinaldo –
Sem dúvidas. Esse é um projeto que completa o ciclo de minha trajetória
política, de ex-ministro, ex-governador, deputado federal e, sobretudo, de
técnico que dedicou a maior parte da vida a trazer desenvolvimento e soluções
aos problemas da população. Modéstia à parte, tenho dado minha contribuição ao
meu estado e ao país, com projetos como a transposição de águas do São
Francisco, a ferrovia Norte-Sul, que hoje são reconhecidos por lideranças de
diferentes partidos. No Maranhão, desde a construção da ponte José Sarney, ao
aeroporto de Imperatriz, às escolas de Ensino Médio em todos os 217 municípios,
entre tantas outras obras, tenho cumprido o meu dever. O Senado é a câmara alta
do Congresso Nacional, onde os representantes da população com mais experiência
costumam ser eleitos, em sua maioria. Sei que posso contribuir ainda mais com o
nosso estado. Agora mesmo, no mandato de deputado federal, tenho obtido
vitórias importantes que não são minhas, mas de toda a população maranhense. A
instalação do curso de Engenharia Aeroespacial é uma delas, uma parceira da
UFMA com o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e o CLA (Centro de
Lançamento de Alcântara). Fui ao ministro da Aeronáutica com este pleito e ele
me disse que várias estados brasileiros já aguardavam na fila, fazendo o mesmo
pedido. Quando eu mostrei as condições excepcionais de Alcântara ele se
convenceu e hoje já é uma realidade.
Por
que o senhor nunca declarou apoio ao senador Roberto Rocha ao Governo do
Estado?
Não
existe lógica em não apoiar um membro do meu próprio partido. Se estou filiado
no PSDB, onde destaco que fui muito bem recebido, é óbvio que apoio Roberto
Rocha ao Governo do Maranhão.Há muito disse-me-disse sendo orquestrado com
interesses ocultos. É de conhecimento público que ao informar – inclusive
oficialmente por meio uma nota à imprensa – da minha filiação no partido,
considerei o meu entusiasmo à candidatura de Eduardo Braide. Em uma eventual
subida do Braide nas pesquisas, ele seria o meu candidato e, creio, que da
maioria do eleitorado.
É
assim que me relaciono com meus eleitores e com a opinião pública: de forma
clara, sem subterfúgios. Essa sempre foi a minha posição. Não há lógica em
cobrar um posicionamento oficial meu porque eu nunca mudei de posição, já
ingressei no partido com essa declaração. Sempre pensei de forma estratégica,
defendendo aquilo que é viável em uma eleição. Foi assim quando apoiamos e
elegemos Jackson Lago. Divulgar que eu não apoio Roberto é um argumento muito
pífio para disputar a vaga na minha futura candidatura ao Senado justamente porque
isso não é verídico.
E
por que o senhor não participa das viagens com a comitiva de pré-candidatos do
PSDB?
Sofri
um acidente no início do mês e interrompi minhas viagens. Na primeira viagem do
nosso grupo, eu já havia marcado alguns compromissos antes e expliquei que não
poderia ir com os pré-candidatos liderados pelo Roberto. Em seguida, não fui
mais comunicado oficialmente de nenhuma das viagens. Tenho o apoio de muitas
lideranças municipais, que estão me convidando para visitar suas cidades e preciso
atender a cada uma delas. Fui governador em uma gestão municipalista, que deu
muito apoio aos municípios e é natural que seja assim. Tenho uma agenda de
visitas a cumprir. Agora essa é uma pergunta que também deve ser feita à
coordenação política de campanha do Roberto Rocha.
(A entrevista completa pode ser lida na edição deste domingo (15/07) do Jornal Pequeno)
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