Por Mano Santos (Blog Capital do Leste)
Busto de Gonçalves
Dias, nas Matas do jatobá
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No centro de Aldeias Altas, uma praça onde também há um busto do menestrel, homenageia um dos poetas mais importantes da língua portuguesa. Nela, a grandeza de Gonçalves Dias retratada no romantismo de suas composições literárias
Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto, na
Localidade Laranjeira, há 50 km de distância da sede do município. Na época, em
1823, o local pertencia ao município de Caxias e foi desmembrado em 1961, dando
origem à cidade de Aldeias Altas. Hoje, 193 anos após o nascimento do Poeta, os
aldeias-altenses podem celebrar o seu filho mais ilustre.
Mas, as homenagens ao Vate das Américas não
se limitam a uma Praça; ruas e até um Conjunto Habitacional foram batizados
como o nome de Gonçalves Dias.
Diante de tamanha grandeza literária gonçalvina,
a Secretaria de Cultura do Município de Aldeias Altas, desenvolveu ações de
revitalização da Mata do Jatobá e seus arredores, onde existia a casa que
nasceu Gonçalves Dias.
Praça Gonçalves Dias, em Aldeias Altas |
Lá, foi edificado um busto do Poeta e tramita
no Ministério da Cultura, um projeto para construção de um memorial em sua
homenagem. Por meio da Secretaria de Educação, várias atividades são
desenvolvidas com temas que tem a vida do Poeta como conteúdo.
O local é bastante visitado por
universitários, acadêmicos, estudantes, intelectuais e turistas que se deslocam
até lá para conhecerem de perto – “as palmeiras onde canta o sabiá” - que
inspirou tão bem o imortal Gonçalves Dias.
Mais
Antônio Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de
agosto de 1823. Era mestiço, filho de um comerciante português com Vicência,
uma cafuza. Estudou Direito em Coimbra, e foi lá que conheceu alguns dos
grandes escritores românticos portugueses, com quem estabeleceu relações
importantes para a sua formação intelectual como poeta. Ainda em Portugal,
escreveu sua famosa poesia Canção do exílio, a qual mostra o saudosismo do
autor em regressar ao Brasil. Após sua formação em Portugal, ele volta ao
Brasil e aqui conhece uma das pessoas que mais lhe motivou em seus poemas, Ana
Amélia, por quem foi muito apaixonado. No entanto, a mão da jovem é recusada
pelo fato de Gonçalves Dias ser mestiço. Por causa de uma doença, o poeta
regressou para a Europa em busca de tratamento. Em sua volta para o Brasil, em
1864, o poeta morre no litoral do Maranhão, no naufrágio do navio Ville de
Boulogne, no dia 3 de novembro.
O Eterno Cantor dos meus Guerreiros.