Tudo indicava que a sessão ordinária desta segunda-feira,
22, na Câmara Municipal de Caxias, transcorreria numa temperatura amena, dada
aos humores dos oposicionistas que não tinham nenhuma denúncia grave contra o
governo municipal. Mas, de onde menos se esperava, ouviu-se um vulcão, ou
melhor, dois vulcões em inesperada erupção no plenário Edson Vidigal.
Vereador Durval Júnior:
denúncias graves
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“Tenho sido procurado por comerciantes e
empresários de Caxias reclamando que nada vendem pra Prefeitura”, iniciou
Durval Júnior estendendo sua fala ao ponto nevrálgico dos governos
da família Coutinho. “Esses comerciantes me relatam que só vende
pra Prefeitura do nosso municípios empresários cujas empresas funcionam embaixo
do braço”, relatou ele afirmando que esses empresários que negociam com
o município, “só tem o bloco de nota fiscal”.
Mostrando uma indignação poucas vezes vista
por um parlamentar governista, Durval mirou suas baterias na CPL do município, “pois
recebo de lá graves denúncias”, afirmou ele.
Foi de tamanha gravidade a indignação do parlamentar
que ele, mesmo sendo da base do governo, disse que, “caso seja necessário, e essas
denúncias sejam consistentes, defendo a criação de uma Comissão desta Casa para
apurar o caso”.
Apesar de quente, o vulcão despejado por
Durval Júnior pareceu morno diante das larvas lançadas instantes depois por Thais
Coutinho.
Todas as atenções
voltadas à CPL de Caxias
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Na tentativa de defender o primo, prefeito
Léo Coutinho, das denúncias feitas por Fábio Gentil contra a falta de apoio ao
futebol de bairros, eis que Thais fez revelações importantes e graves contra o
parente.
“Nós fomos na loja em Teresina, o prefeito
comprou R$ 30 mil reais de material esportivo”, revelou a vereadora citando os itens comprados: “kimonos,
raquetes, redes, bolas”.
Para não deixar dúvidas da veracidade do que
falava, a parlamentar governista foi enfática: “Eu estava presente, eu vi, tudo
de primeira linha numa loja de esportes lá no centro [de Teresina]”.
Num surto de sinceridade, Thais continuou seu
discurso duro e revelador. “Se a oposição quiser, eu mostro a loja,
mostro tudo, tudo de primeira, tudo de primeira. O prefeito foi lá, comprou o
material”, repetiu a parlamentar diversas vezes deixando os vereadores
oposicionistas perplexos diante do que estava sendo dito ali, de que o próprio
prefeito, levou R$ 30 mil reais para comprar itens para serem usados pelo poder
público numa loja em Teresina.
Minutos depois, ao utilizar a tribuna, o
vereador Catulé disse que as denúncias feitas por Durval Júnior eram graves. “Ele
disse aqui que está havendo desvio de conduta na Comissão de Licitação do município
e ameaça fazer uma Comissão Parlamentar de Inquérito para averiguar tais
denúncias, o que seria em boa hora diante de tantos descalabros existentes e esta
Casa nunca abriu uma CPI”, falou Catulé questionando se aquela
disposição do colega não teria sido “estimulado pela participação da nobre colega
Thais Coutinho, que trouxe aqui nesta Casa um outro assunto que nos chamou a
atenção”, disse Catulé relatando o que havia sido dito minutos antes
pela edil. “Aqui ela falou que o prefeito cometeu um crime de responsabilidade e um
crime contra o comércio de Caxias”, continuou Catulé fazendo a defesa
do combalido comércio caxiense.
No momento que o oposicionista preparava elevar o tom do discurso pelo que havia sido revelado pela prima do prefeito,
eis que ela, sem usar o microfone, põe-se a negar o que havia dito antes. “Como?”,
perguntou Catulé sem entender o que ela dizia, mas subtendo-se que estava
negando as palavras proferidas naquela sessão.
A Câmara Municipal não estava lotada na noite
desta segunda-feira, 22, mas pelo menos 30 pessoas assistiam a sessão, sendo uma
equipe da TV Sinal Verde e ainda 6 blogueiros caxienses.
A revelação feita por Thais Coutinho foi
gravada pelo titular do blog, sendo que pelo menos outros 4 colegas estavam com
o gravador ligado.
Caso a oposição fosse maioria no Parlamento, certamente
uma CPI seria instalada naquele momento, pois uma vereadora da base do governo afirmar
que foi, junto com o prefeito até Teresina, e presenciou o mesmo comprando
itens para serem usados na Secretaria de Esportes, pagando R$ 30 mil reais na
sua frente, referente aos produtos adquiridos, é de extrema gravidade.
As compras do poder público devem obedecer
normas, regras e cumprimentos de uma legislação única, onde uma licitação deve
ser feita obrigatoriamente.
Jamais, em hipótese alguma o prefeito,
acompanhado de uma vereadora, poderia ir até uma loja comprar objeto algum para
o município, e ainda mais um montante de R$ 30 mi reais sem o devido processo
licitatório.
E caso tenha sido feita uma licitação, o
prefeito não teria que se deslocar até o estabelecimento vencedor do hipotético
certame, escolher os itens, haja vista que o tamanho, marca, preço, quantidade,
cor, teriam que ser previamente estabelecidos numa licitação.
Com o que foi dito na Câmara Municipal nesta
segunda-feira pelo vereador Durval Júnior e por Thais Coutinho, uma CPI para
esclarecer o que acontece na Comissão de Licitação de Caxias deve ser feito com
urgência, afinal, um membro da base do governo Léo Coutinho levantou o assunto
e outro confirmou a aquisição de produtos da municipalidade de uma forma que
afronta todos os princípios da administração pública.
Tem gente na CPL de Caxias que está com as
barbas de molho com a pressão que se avizinha.
Parabéns ao blog e o vereador que citou as irregularidades que vem acontecendo na cpl e a vereadora que não entende nada de administração publica mas revelou um ato grave cometido pelo gestor publico, pois venho aqui informar que tenho minha empresa, mas não consigo nem ter acesso ao edital pois sempre que vou pegar algum edital sou informado que o edital não esta disponível, se o edital está publicado então não tem explicação para não está disponível para os enteressados a participar da licitação, la sempre fui mal tratado pelo presidente pois o mesmo sempre informar para suas secretarias que está para atender ninguém, ora se mesmo esta lá para atender a sociedade escutamos uma resposta deste secretario, outra irregularidade que presencie em uma das minhas idas a cpl, é que o carro da prefeitura é usado para deixar e buscar as secretarias do chefe, veja se isso é moral carro oficial com desvio de função, hoje na cpl é uma verdadeira casa de negocios e brindes que vão de uvas, bananas e até mesmo viagem patrocinadas ao presidente da cpl, e não sei por qual o motivo o prefeito não toma nenhuma providencias em colocar moral na casa, visto que o predido funcionava como a casa da justiça