Professores, guardas municipais, agentes de saúde, motoristas e funcionalismo em geral protestam nas ruas e fazem ato em frente a Prefeitura de Caxias

Comandados pelo Sintrap – Sindicato dos Trabalhadores da Administração, vários segmentos do funcionalismo municipal em Caxias percorreram as principais ruas do centro da cidade protestando contra o tratamento dispensado pelo prefeito Léo Coutinho aos servidores.

Saindo da sede do Sintrap, os manifestantes portavam faixas de protesto denunciando o descaso do atual governo.

O ato maior aconteceu em frente ao Palácio da Cidade. Com um carro de som, um microfone na mão e muita revolta no peito, os sindicalistas do Sintrap se revezavam nos discursos e cada um expressava sua dor.

“Antes tínhamos a política do coronelismo, enxada e voto e agora em Caxias temos o coronelismo, o contrato [de trabalho] e voto”, dizia uma professora fazendo referência a prática existente em Caxias de se priorizar a contratação de servidores e negar a maioria a democrática opção do concurso público.

Apoiados pelos guardas municipais que estão em greve, os professores e demais manifestantes chegaram a ocupar por alguns minutos a sede Prefeitura, o que ocasionou a chegada da Polícia Militar no local.

Apesar da revolta dos trabalhadores com o tratamento dispensado pelo governo Léo Coutinho, o movimento foi pacifico e todos saíram pacificamente das dependências do prédio.

Mesmo fazendo uma manifestação num tom forte de protesto, a direção do Sintrap protocolou um ofício (nº 052/2013) endereçado ao prefeito Léo Coutinho com uma pauta de reivindicações dos trabalhadores.

O documento tem como objetivo requerer uma audiência para iniciar as negociações de diversos pontos que afligem o funcionalismo em geral do município e abordam os seguintes temas:

- Melhoria salarial;

- Melhoria de condições de trabalho;

- Plano de carreira para todos os servidores;

- Cumprimento dos Planos de carreiras existentes;

- Repor as perdas inflacionárias da gratificação do SUS;

- Repor as perdas inflacionárias da gratificação dos motoristas;

- Pagamento das diárias antecipadas aos motoristas;

- Pagamento do adicional de horas extras;

- Pagamento do adicional noturno aos servidores que trabalham das 22 horas às 05 horas;

- Pagamento do adicional da insalubridade aos servidores da Saúde e às zeladoras;

- Pagamento do adicional de risco de vida ou periculosidade aos motoristas, vigias, etc;

- Suprir a falta de fardamento e equipamentos de trabalho aos guardas municipais, profissionais da saúde, motoristas, etc;

- Pagar as sobras anuaí dos recursos do Fundeb em forma de abono aos professores.

Apesar do grande ato de protesto dos trabalhadores públicos municipais, nenhuma sinalização foi feita por parte do prefeito Léo Coutinho em relação aos anseios das diversas categorias presentes na manifestação realizada na manhã de ontem.

Com a greve deflagrada pelos guardas municipais, e diante da crescente revolta das demais categorias do município, uma greve geral do funcionalismo público está em vias de explodir devido a falta de jogo de cintura do prefeito em tentar uma solução aos insatisfeitos servidores.