O Ministério Público do Maranhão
(MP-MA) ajuizou no dia 31 de outubro Ação Cautelar Inominada contra o município
de Santa Inês por irregularidades em uma licitação de R$ 1,2 milhões
objetivando a contratação de empresa para terceirizar, por cinco anos, 1.152
cargos para as secretarias municipais.
Prefeito Ribamar
Alves
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A titular da 1ª Promotoria de
Justiça da Comarca, Flávia Valéria Nava Silva, requer na manifestação a
suspensão imediata do Pregão Presencial, Tipo Menor Preço, nº 41/2013, e que o
Município de Santa Inês se abstenha de contratar empresas para a terceirização
objeto do procedimento licitatório. Além disso, a promotora também solicita que
o município forneça, em cinco dias, cópia integral do procedimento licitatório
para averiguar a possível ocorrência de outros vícios.
A manifestação é baseada em
denúncia do Instituto de Desenvolvimento Sustentável, Gestão, Marketing e Meio
Ambiente (Igema), dando conta de que o edital da licitação não foi publicado no
Portal da Transparência do município, conforme determina a legislação.
A representante do Ministério
Público verificou, a partir da denúncia, que alguns dos cargos previstos na
licitação já eram contemplados por concurso municipal realizado anteriormente,
cujos aprovados ainda não foram chamados.
“A Prefeitura de Santa Inês
realizou cadastramento de servidores e, de posse destas informações, o prefeito
Ribamar Alves poderia ter criado os cargos necessários ao funcionamento da
máquina administrativa e nomeado e empossado os aprovados no último concurso
público”, argumenta a promotora.
Ela acrescenta que “a
licitação acabará dando acesso ao serviço público, sem a criação dos cargos por
lei, com os contratados permanecendo como terceirizados e acobertados durante
cinco anos”.
Irregularidades - Uma
das irregularidades mais graves constatadas na licitação foi a previsão da
terceirização do cargo de conselheiro tutelar, contrariando o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), que determina que os ocupantes da função devam
ser eleitos pela população.
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