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Contrariando até mesmo a base aliada, prefeito Léo Coutinho não sinaliza diálogo com guardas municipais e jogo pode endurecer daqui por diante

4.11.13
Prefeito Léo Coutinho: política de aumento zero
Respeitando todos os trâmites legais, e tendo uma enorme paciência com o governo Léo Coutinho, os guardas municipais parece que estão “dando murro em ponta de faca” ao tentarem encontrar uma saída satisfatória para a negociação e conseqüente aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria.

Findado o prazo de 90 dias pedido pelo prefeito Léo Coutinho para apresentar na Câmara Municipal o tão sonhado PCCS da GDM, parece que ele se arrependeu ou esqueceu o que disse e resolveu adotar a Lei do Silêncio e com isso frustra os anseios de mais de 100 pais e mães de família que compõem a corporação da Guarda em nossa cidade.

Conversei com vários vereadores governistas sobre o assunto durante todo o dia de hoje e ouvi deles que trabalham para uma solução junto ao prefeito. Mas ao mesmo tempo, nenhum deles acredita que um sinal positivo por parte do prefeito Léo Coutinho será dado.

Questionei os vereadores sobre os motivos do prefeito não querer encontrar uma saída para o caso e evitar uma indesejável greve da categoria. “É problema de caixa”, disse-me um. “A culpa é do Berilo, que diz que é pro prefeito não ceder a pressão de ninguém”, disse-me outro.

Indaguei aos vereadores governistas que dinheiro existe e apontei para os gastos com o gabinete do prefeito, que consome todos os meses cerca de R$ 300 mil reais e os gastos com publicidade, cuja previsão mensal é de R$ 416 mil reais. Um parlamentar governista sorriu e se despediu de mim rapidamente sem querer entrar no mérito do assunto.

“Qui, qui eu pago mal, mas qui, qui eu pago em dia”

Tendo no pagamento regular do funcionalismo como uma solitária bandeira de governo, o ex-prefeito Humberto Coutinho deixou essa ‘herança’ para o sobrinho.

Pagando os mais baixos salários em todos os níveis da administração, tanto HC quanto LC, conseguem ter uma folga considerável no caixa por conta do salário de miséria que pagam pros barnabés municipais.

Falar em aumento salarial pra algum membro da família Coutinho é como chamá-los pra briga.

Em Codó, Timon, Aldeias Altas, São João do Sóter, só para citar as cidades mais próximas, todos os prefeitos também pagam em dia os seus funcionários.

Mas nesses municípios, existe uma diferença gritante com a nossa sofrida princesa do sertão: todos os trabalhadores recebem bem melhor que os colegas caxienses.

Nunca uma categoria profissional de Caxias realizou um movimento reivindicatório tão cuidadoso e articulado como os guardas municipais estão fazendo atualmente.

Na noite desta segunda-feira, 04, uma comissão do Sigmac participou de uma reunião com um grupo de vereadores na tentativa de resolver o impasse.

A sociedade está do lado da Guarda.

Eles reivindicam o que lhes é de direito.

O prefeito deu a palavra.

As cartas estão na mesa.

A sorte está lançada.

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