"Que Deus segure em tuas mãos e até nos encontrarmos outra vez."
Por: Alberto Pessoa – Jornalista
caxiense
Foi
com tristeza que recebi a informação sobre o falecimento do meu amigo
repórter-fotográfico, o caxiense Luís Borges. Durante muito tempo, contei com a
parceria de Borges na realização de grandes reportagens — especialmente durante
os cinco anos em que trabalhei no matutino Jornal da Cidade, de propriedade da
família Marinho. Lá, atuei como repórter, chefe de redação e editor. E também
no jornal Folha de Caxias, da família Silva, onde fui repórter e editor
juntamente com o professor jornalista Aluísio Albuquerque.
Também produzimos séries de reportagens sobre dona Graciele, acusada de sacrificar crianças em rituais macabros nas redondezas do riacho Ouro. Nessas matérias, o saudoso Sinezinho também contribuiu com sua arte de fotografar.
Assim como José Barros foi — e ainda é — um ícone do jornalismo de Caxias e da região dos Cocais, Luís Borges transformou a fotografia em um imenso arquivo da história social e política da Princesa do Sertão. Registrou, com suas lentes objetivas e seu olhar crítico, grandes momentos do cotidiano de sua terra natal, deixando marcas indeléveis, permanentes, que não se pode destruir, suprimir ou fazer desaparecer — marcas que jamais se apagarão da memória de nosso povo.
O documento do nosso dia a dia está carimbado com a marca e a assinatura do nosso fotógrafo Luís Borges.
Juntamente com Sinézio Santos, Waston Silva e Sinezinho, o nosso Luís Borges está eternizado em nossa herança histórica pela imortalidade de sua obra.
Além de seu importante trabalho social, Luís Borges era uma pessoa incrível: humilde, inteligente, pai exemplar, marido dedicado e, acima de tudo, zeloso com a integridade de sua família. Tinha grande admiração por todos os seus familiares e falava com muito orgulho de sua parentela. Tinha como exemplo, inclusive, seu irmão, o jornalista Raimundo Borges.
Luís guardava em sua residência uma foto (que ainda deve estar por lá), com vários membros da família em cima de uma árvore de galhos secos — a qual ele chamava, com carinho, de "Árvore Genealógica da família Borges".
Vai
com Deus, Luís Borges!
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