O
presidente da Câmara Municipal de Caxias, vereador Catulé (Republicanos),
reagiu mais uma vez com indignação, no pequeno expediente da sessão dessa
segunda-feira (2) a denúncias formuladas por seus colegas do parlamento em
relação ao péssimo serviço que a empresa Equatorial Energia continua prestando
no município de Caxias, notadamente na zona rural. Mesmo reconhecendo que a
Equatorial já vem fazendo algumas intervenções para corrigir deficiências na
rede de energia elétrica, que estão ocorrendo em função de representações
criminais protocoladas pela CMC contra a empresa no Ministério Público, o
presidente anunciou que a casa continuará a protestar e a bater forte contra a
atuação da Equatorial em Caxias, até que o problema venha a ser contornado e a
população caxiense seja respeitada em suas reivindicações.
Catulé
ressaltou que a Câmara de Caxias adotou esse posicionamento há mais de 20 dias,
por não suportar mais as dificuldades que a população do meio rural vivencia
quase diariamente e se tem notícia de localidades que chegam a ficar de 10 a 20
dias sem luz. Segundo ele, por conta de uma pressão que tem sido apenas dos
vereadores, a Equatorial esteve durante todo o período do carnaval no 2º
Distrito. "Na Rodagem, em Nazaré do Bruno, por exemplo, havia dois
eletricistas equipados com veículo, a postos. E foram para o 2º Distrito, para
todos os cantos. E por que isto? Porque a casa aqui entendeu que o povo precisa
da nossa voz, do nosso apoio", explicou para a plateia que lotou o
plenário da CMC.
O
presidente da CMC disse que esse posicionamento dos vereadores, tanto os da
situação quanto os de oposição, deu-se em resposta ao descaso com o qual a
Equatorial respondeu às solicitações da bancada, especialmente quando do
convite feito para que a alta diretoria da empresa aqui viesse para tratar das
demandas do povo caxiense. "A presidência não veio e preferiu mandar para
Caxias assessores de São Luís e da Gerência de Timon, sem o menor poder de
decisão para apreciar o caso, e por isso não os recebemos e passamos a
tratar-lhes como merecem", salientou, acrescentando que o desmerecimento
da empresa em relação a Caxias chegou ao ponto de ter deixado na cidade apenas
um escritório para cortar luz e agendar religações.
Deputados não ajudam
Segundo
ele, em que pese Caxias ter elegido três deputados estaduais, nenhum deles fez
até agora qualquer pronunciamento em favor da terra contra a Equatrorial, na
Assembleia Legislativa. "Todos os três deputados caxienses são meus
amigos, mas nenhum dos três fez qualquer pronunciamento contra essa empresa que
massacra o nosso povo. A responsabilidades deles é igual à nossa, mas eles tem
a possibilidade maior, porque estão na capital, onde está estruturada a empresa
Equatorial. E por isso nós não podíamos ficar aqui só no discurso, daí porque
entramos com representação criminal contra ela no dia 17 do mês passado, e depois
fizemos outra contra uma empresa de energia chamada Artecon Z2 que, para os que
não sabem, comprou de um juiz, aqui no Inhamum, um juiz que grilou mil hectares
de terras e vendeu sete hectares para essa empresa construir uma subestação de
energia no Inhumum para vender para a Equatorial, e lá é área de proteção
ambiental, é de lá que vem boa parte do abastecimento de água de nossa cidade,
de onde todos bebemos", acrescentou.
Para
o presidente Catulé, os deputados estaduais caxienses parecem que estão cegos e
surdos, porque aqui vem acontecendo outras coisas mais estranhas contra
autoridades, inclusive contra juízes, e eles nada abrem a boca, nada dizem. E
desabafou: "Agora a pouco vocês ouviram o Mário Assunção falando em nome
povo contra o cartorário do Cartório do 1º Ofício, um tabelião, que veio de São
Luís e não passou em concurso, mas comanda um cartório de títulos, de protestos
e, o que é melhor, de registro de imóveis, abocanhando de 400 a 500 mil reais
por mês, metendo o ferro na população caxiense. Nós vereadores temos nossas
divergências. Nós estamos num período eleitoral, todo mundo correndo atrás do
voto. Mas, aqui, quando é a favor do povo, nós estamos juntos".
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