SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O primeiro
programa eleitoral de Geraldo Alckmin (PSDB) após o atentado contra Jair
Bolsonaro (PSL) afirma que "não é na bala, nem na faca que vamos
construir uma nação". O deputado fluminense foi esfaqueado em um
evento de campanha na quinta (6).
O programa se baseia na avaliação inicial da
campanha de que não houve uma comoção incondicional com o ataque ao
presidenciável, no sentido de empatia. "A violência é o pior caminho para
combater a violência", diz a peça que vai ao ar neste sábado (8).
Na mesma linha, o foco é dado no petismo,
candidato a rival para uma vaga no segundo turno caso Bolsonaro se consolide
devido ao ataque. "O ódio que divide o país cresceu com o PT e fez prosperar
radicais de um lado de outro", diz Alckmin, que naturalmente toma
o cuidado de se solidarizar com o rival na peça.
"Oura coisa é não deixar que esse
acontecimento nos impeça de olhar com cuidado para os problemas do Brasil",
diz o tucano. Para ele, é preciso ter um país em que seja possível "viver
sem medo", e o episódio pode trazer "uma nova nação".
Tudo isso se encaixa na difícil tarefa tucana
de não criticar uma vítima internada de uma agressão e, ao mesmo tempo, evitar
que ela consiga auferir benefícios políticos do atentado. Por outro lado, já há
o foco no PT.
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