Vereadora insiste que
falta lençol “e detergente” na Maternidade e insinua que a madrasta pode não
abrir as portas do Macroregional, caso sofresse atentado a bala
Como sempre faz, Thaís
Coutinho tentou pintar o caos na saúde de
Caxias e ouviu Neto do Sindicato
pedir coerência: “é querer
se enganar e querer enganar os outros”
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A vereadora Thais Coutinho usou a tribuna da
Câmara Municipal na noite desta segunda-feira, 21, para tentar reproduzir, em
pleno ano de 2018, a mesma Maternidade Carmosina Coutinho conhecida no Brasil
inteiro na época de tristeza e dor no governo do seu primo Léo Coutinho
(2013-2016). Segundo a oposicionista, o que estaria acontecendo na
Maternidade “é falta de gestão, é falta de controle financeiro. Dinheiro vem...
mas não estão sabendo gastar”, disse ela continuando a insistir na
falta de lençóis, medicamentos, berços e até material de limpeza.
Pessimista
Estendendo sua crítica para todo o setor de
saúde da cidade, a vereadora chegou ao ponto de dizer que, caso fosse alvejada
por um tiro na rua, não teria para onde recorrer. “Eu posso levar um tiro, andar na
rua e pegar um tiro, por que não? Eu não sou pior, eu não sou melhor que
ninguém e eu vou pra onde?”, questionava a líder oposicionista
mostrando-se preocupada para onde iria caso fosse alvejada com um tiro, pois,
segundo ela, na cidade não tem médicos para atendê-la caso sofresse um
atentado.
O estranho exemplo de que pudesse sofrer um
atentado a bala ou um infarto, e que não teria para onde recorrer, mostra uma
nova faceta da crise de abstinência que acomete aqueles que perderam o poder no
município, onde até a própria vida é usada para amparar os discursos da turma.
Com
uma madrasta dessas...
Mesmo usando um exemplo absurdo, de que
pudesse ser vítima de um hipotético ataque a tiros, e que não teria para onde
recorrer em Caxias, a vereadora cometeu no mínimo uma injustiça com a
sua madrasta, Cláudia Coutinho.
Diretora do Hospital Macroregional em Caxias,
a madrasta da vereadora Thaís Coutinho dispensa um atendimento todo especial
para os pacientes oriundos da cidade de Matões, onde seu esposo, Ferdinando
Coutinho, é o prefeito, o que soou muito estranho ver a vereadora questionando
para onde iria caso fosse alvejada por um tiro ou sofresse um infarto. Pelo visto,
já não se fazem mais madrastas como antigamente...
Ouvindo os estranhos argumentos da colega e
os ataques a saúde do município, o vereador Neto do Sindicato fez algumas
colocações que serviram para jogar um pouco de coerência no debate.
“Eu tenho dito nesta Casa que nós vereadores,
pessoas públicas, precisamos ter, acima de tudo, coerência”,
iniciou Neto relatando em seguida que, assim como a maioria dos colegas, “fez parte
da base governista” na administração Léo Coutinho e que, assim como
todos os brasileiros, “ficou sabendo o que era a Carmosina
Coutinho”, referindo-se ao escândalo que explodiu naquela época, quando
centenas de crianças morreram lá. “Nós ficamos aqui em cárcere privado por
causa do CQC”, lembrou o vereador quando da cobertura da equipe do
programa da Band, que tentava conseguir explicações da classe politica sobre as
inexplicáveis mortes ocorridas na Maternidade caxiense. “Aí vem a pergunta: o que é que
faltou para acontecer todas as mortes na Carmosina Coutinho?”,
questionou. “Tinha o prefeito, tinha o governador. Dinheiro não faltava e por que
tantas mortes? Por que?”, perguntou para em seguida responder: “todos
sabem [que] era gestão, e gestão daqueles que conheciam a saúde”,
apontou. “Não sou o vereador indicado para falar de saúde porque não sou médico,
não sou enfermeiro e nem sequer agente de saúde, mas entendo que as mortes que
aconteceram lá na Carmosina, no meu ponto de vista, na sua grande maioria, foi
[culpa] de gestão”, enfatizou. “E a coerência que eu falei que nós
precisamos ter, não foi demonstrada aqui pela minha colega Thais Coutinho,
porque na gestão anterior, mesmo eu fazendo parte [da base governista] eu dizia
que faltava gestão para diminuir, erradicar [aquela] mortalidade”.
“Não
reconhecer que melhorou é querer se enganar e enganar os outros”
“É papel do vereador questionar, mas eu
sempre disse e digo, precisa acima de tudo de coerência, falar a verdade, dizer
realmente o que está acontecendo. Não reconhecer que a saúde de Caxias melhorou
e que hoje a imagem que a população de Caxias tem é uma outra imagem da
Carmosina Coutinho é querer se enganar e querer enganar os outros”,
finalizou o parlamentar.
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