Depois de amanhã, sábado, pouco depois das
oito horas, começará a viagem de seis meses de uma sonda da NASA, a agência
espacial norte americana, com destino a Marte.
Os cientistas agora querem saber sobre os
tremores chamados por nós aqui de terremotos. A sonda irá equipada para saber
tudo sobre a crosta, o manto e o núcleo e também se o recheio é ou não parecido
com o da Terra.
Há anos já estão por lá uns trecos esquisitos
escascando desertos, montanhas, fotografando e filmando tudo. São
impressionantes as imagens.
Tem se falado por aqui, quero dizer entre os
cientistas, que do jeito como a humanidade, vem tratando o planeta, uma
explosão, de repente, reduzirá tudo a explosões atômicas, deletando para sempre
todo o processo civilizatório.
Humanos, bípedes, talvez sobrevivam poucos.
Aquelas duas bombas atiradas sobre Hiroshima
e Nagasaki para amolecer o Japão ainda em luta brava como parte do eixo
Berlim-Roma-Pequim, na segunda guerra mundial, soariam especiais para pequenas
agressões se comparadas ao que a insensatez humana já produziu estocou.
O tempo, e não é de hoje, é de Paz precária
cada vez mais rodeada de bombas.
Do que se sabe hoje, os Estados Unidos, em 9
de julho de 1962, explodiu no espaço sobre o Oceano Pacifico, a 1.500 kms. do
Estado do Havaí, uma bomba equivalente a 1 milhão e 400 mil toneladas de TNT,
afetando o campo magnético da terra.
Três dias antes, no subsolo do deserto de
Nevada, outra bomba já havia sido explodida, expondo 23 milhões de americanos à
radiação. No mesmo julho, dia 26, a então União das Republicas Socialistas
Soviéticas começou a armar Cuba de misseis nucleares e por pouco, não fosse o
recuo de Kruschev, então dirigente russo, não chegamos à primeira e talvez
última guerra mundial.
Isso porque, no dizer de Churchill, o mundo
estava em Guerra Fria. As explosões se voltaram para o espaço no mais longínquo
que os misseis pudessem alcançar. Os malucos queriam o domínio militar
espacial. O placar final - Estados Unidos, 14 bombas. - União Soviética, 7.
Pouco antes da última confirmação de Putin
como chefe do Kremlin, a Rússia anunciou que já tem misseis que dão volta em
torno da Terra podendo explodir os Estados Unidos e qualquer outro lugar do
planeta.
O gordinho da Coreia do Norte, que muitos o
tinham como tolo, virou um gavião da paz propondo trégua pois já teria
desativado seu programa nuclear. Mas o que se sabe é que ele, também, está
armado com misseis capazes de grandes estragos em território norte-americano.
Tirando, certamente, países da África e da
América Central e do Sul, quase todos, incluindo Europa e Oriente Médio, já tem
num coldre enorme, bem escondida, a sua bomba atômica particular.
Como perguntou Sidney Muller, - "o
cientista inventa uma flor que tortura... pois é, pra que?"
Em 17 de dezembro de 1971, David Bowie lançou
em disco uma canção em que recomenda - "dê uma olhada no homem da lei
espancando o cara errado / imagino se ele algum dia vai saber que ele está no
show mais vendido (em tradução livre, de maior sucesso) / é o show de
horrores".
E ao final, como que melancólico, pergunta se
"há vida em Marte", ("Life on Mars?).
Edson
Vidigal, advogado, foi Presidente do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho
da Justiça Federal.
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