Do Portal Noca (com
informações do G1)
Em Caxias, a 360 km de São Luís, o setor
imobiliário enfrenta dificuldades. A crise no setor imobiliário permanece sem
sinais de melhora e o que pode ser observado na cidade é o grande número de ofertas
para pouca procura.
Quem mora em casa alugada está sentindo o
peso no orçamento em tempos de crise. Como é o caso da manicure Maria Conceição
Mendes que diz que atualmente vem pagando o aluguel do imóvel onde está
instalada com atraso. "É muito difícil porque os alugues
estão caros. Às vezes até o imóvel vale, mas o dinheiro não tem".
Situação parecida é compartilhada também com
a operadora de caixa Fernanda Rodrigues que revela que fraciona até os recursos
financeiros direcionados para a alimentação com o intuito de preservar a sua
moradia. "É horrível. A gente tem que tirar do que tem para comer para
pagar aluguel. Se não regrar o dinheiro você se aperreia", disse.
O autônomo Aurilan Alves enfatiza que não
quer nem imaginar como seria se não tivesse a casa própria. "Eu
resolvi fazer uma casinha de taipa. Eu sempre falava para a minha mãe 'é mais
antes o ruim da gente que o bom dos outros'. É melhor morar em uma casa de
barro, de palha, debaixo de uma lona do que de aluguel porque aluguel é
complicado", desabafou.
No centro comercial de Caxias há prédios que
estão desocupados há cerca de um ano e o locador não consegue alugar novamente.
O administrador Osvaldo de Sousa trabalha na
área de imóveis alugados e conta que o négocio piorou nos últimos dois anos.
Ele acrescenta que na hora de renovar o contrato os inquilinos pedem a redução
no preço do aluguel em virtude da crise.
"A gente está com dificuldade. Quando a
gente desaluga um prédio a gente tem a maior dificuldade para conseguir
arranjar um novo inquilino. Eu estou com seis prédios vazios há mais de um ano
e não consigo nenhum cliente. Tem muitos clientes que chegam aqui que o
contrato vence e eles querem renovar pedindo desconto. Eles não querem pelo o
preço atual. Culpa da crise", finalizou Osvaldo de Sousa.
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