Pois é!
Não tem como não colocar dúvidas em toda pesquisa Escutec realizada em Caxias.
De propriedade
do empresário Fernando Júnior, que estava preso até o início do ano por corrupção pela
Polícia Federal, e que tem um histórico de dezenas de milhões recebidos da
Prefeitura de Caxias nas gestões coutinhianas,
o Instituto de pesquisa é o favorito de Humberto Coutinho para fazer sondagens no
município.
Realizada
entre os dias 10 e 16 de junho, a pesquisa só foi registrada no TRE no dia 20,
ou seja, 4 dias depois do seu término e quando os contratantes já sabiam o
resultado. Sabiam e esperaram 4 dias para decidir pelo registro da mesma.
Sinceramente,
não consigo encontrar algum sentido nessa demora, pois mesmo com o resultado favorável,
demoraram uma eternidade para decidir pela divulgação.
Vamos primeiro
aos números da pesquisa, os respectivos cenários traçados e em seguida alguns
comentários do blogueiro:
A pesquisa ouviu
1500 eleitores e foi registrada no Sistema Pesqele do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) sob o número MA-09062/2016, com autorização para ser publicada
a partir do dia 26/06/2016. A margem de erro da pesquisa é de 2,0% para mais ou
para menos. E o intervalo de confiança é de 95%.
No mais provável
cenário eleitoral que se verifica hoje em Caxias, o Instituto Escutec perguntou
aos eleitores: Se as eleições fossem hoje, e sendo estes os candidatos, em quem
o(a) Sr.(a) votaria para prefeito. Veja as respostas:
Léo Coutinho:
32,3%, Fábio Gentil: 24,8%, Paulo Marinho: 15,8%, Nenhum deles: 11,3% e NS/NR:
15,8%.
O Escutec também
simulou cenários com apenas duas candidaturas, e o resultado tendo Léo Coutinho
x Paulo Marinho Jr foi o seguinte:
Léo Coutinho:
36,5% X Paulo Marinho: 23,4%. Nenhum deles: 22,7% e NS/NR: 17,5%.
Noutro cenário
também com apenas duas candidaturas, desta vez com Léo Coutinho x Fábio Gentil,
o resultado foi:
Léo Coutinho:
33,9% X Fábio Gentil : 30,7%. Nenhum deles: 18,3% e NS/NR: 17,1%. (JP)
Os
dados destacados nesta postagem foram extraídos do site da TV Sinal Verde, que
foi a contratante da referida pesquisa.
Nos cenários
apresentados, muito se estranha na movimentação dos eleitores quando se retira
o nome de Paulo Marinho Júnior da disputa.
No
primeiro cenário, com três candidatos, Léo Coutinho tem 32,3%, Fábio Gentil
surge com 24,8% e Paulo Marinho Júnior com 15.8%, sendo que 11,3% dos
entrevistados disseram não ter intenção de votar em nenhum deles e não sabe ou
não respondeu chega a 15,8% dos pesquisados, o que eleva a quantidade de
indecisos para 27,1%.
Na segunda
simulação do Instituto Escutec, com apenas Léo Coutinho e Paulo Marinho Júnior
como candidatos, os números foram: Léo Coutinho 36,5% X Paulo Marinho Júnior
23,4%, sendo que o número daqueles que disseram que não votavam em nenhum deles
chega a incríveis 22,7% e não sabe ou não respondeu 17,5%, o que coloca os
indecisos ou que podem mudar o voto para 40,2%.
Já no
terceiro cenário, quando se colocam Léo Coutinho e Fábio Gentil como candidatos,
os 32,3% da primeira pergunta somam agora 33,9% para Léo Coutinho e os 24,8%
apontados para Fábio Gentil chegam agora a 30,7%, sendo que o número daqueles
que não deseja nenhum deles como prefeito alcança 18,3% e não sabe ou não
respondeu são 17,1%.
Bem,
não tenho como não questionar os números da pesquisa Escutec, pois, a essa
altura do campeonato, é muito difícil imaginar que um eleitor de Paulo Marinho
Júnior fique sem saber em quem votar caso o mesmo não seja candidato.
Nessa
pesquisa, com a saída de PMJ, Léo Coutinho herdaria 1,6% da intenção de votos e
Fábio Gentil 5,9%, sendo que 8,3% dos eleitores marinhianos entram para o universo daqueles
que não sabem ou não responderam.
Apesar
dos pesares, a pesquisa não fez nenhum questionamento ao eleitor sobre o apoio
de Paulo Marinho Júnior a Fábio Gentil, o que certamente iria dar mais
credibilidade a sondagem e os números seriam bem mais confiáveis.
Por
outro lado, a pouca empolgação dos mensalinhos e fantasmas da Assembleia nas redes
sociais mostrou que nem mesmo eles ficaram satisfeitos com os números.
Vamos
aguardar mais só um pouquinho para que os integrantes da oposição se entendam e
declarem publicamente os caminhos que irão seguir nestas eleições.
Após,
e caso haja a união das oposições, teremos um quadro bem mais real para medir o
humos dos caxienses.
O que é estranho e lamentável é a justiça eleitoral proibir a propaganda eleitoral de Caxias na TV.