O governo municipal em Caxias adota dois
discursos para tratar das questões financeiras da cidade.
No discurso para justificar a incompetência
da administração ou para abafar qualquer escândalo, a crise financeira está na
ponta da língua dos agentes públicos. Esse discurso de penúria também é usado
como justificativa para a não concessão de aumento salarial ou investimentos em
determinadas áreas.
Mas quando é para fazer auto-elogio do grupo
dominante, o suposto crescimento da economia local é usado automaticamente em
entrevistas dos agentes públicos e postagens de mensalinhos e fantasmas da Assembleia nas redes
sociais.
Na ‘Prefeitura’ do crescimento e da
competência, a saúde de Caxias, segundo palavras do deputado Humberto Coutinho
em recente evento de apoio à vereadora Thais Coutinho, “é a melhor do
Maranhão”. Também nessa ‘Prefeitura’ da fartura, o comércio caxiense vende bem
e os empresários locais vivem felizes da vida com o pagamento dos salários dos
barnabés municipais feito todo dia 20.
Já na ‘Prefeitura’ da crise, a falta de
recursos é sempre usada para a falta de investimentos tradicionais, tipo os festejos
juninos, que neste ano serão realizados em apenas 2 dias (27 e 28/06).
Na Caxias real, onde a falta de oportunidades
leva centenas de pessoas aguardarem as festas de fim de ano, carnaval e São
João para faturarem algum dinheiro extra com a venda de bebidas e comidas típicas
em barracas, guardou uma infeliz surpresa para os festejos juninos deste ano.
A festa mais tradicional do calendário
nordestino, desde a ascensão da família Coutinho ao poder em Caxias foi
relegada ao terceiro plano e esta será, sem dúvida alguma, a pior das piores em
todos esses 12 anos.
Para justificar um evento de apenas 2 dias, logicamente
a mensalada e os fantasmas, assim
como a Prefeitura de Caxias, irão usar o tal discurso da crise.
Só que para um evento de apenas 2 dias, o Palácio da Cidade conseguiu dois consideráveis patrocinadores. A cerveja
Itaipava e o Governo do Maranhão são os dois apoiadores da festa, de onde se
conclui que o discurso de crise e da falta de recursos não encontra respaldo,
uma vez que os cofres do governo estadual estão sempre escancarados para as
prefeituras apoiadas por Humberto Coutinho.
Se não fosse pouco o patrocínio da Itaipava e
do Governo do Estado, entre os dias 01 e 20 de junho, o governo Léo Coutinho já
recebeu de recursos constitucionais (FPM, ICMS, FEX e outros) mais de R$
5.700.000,00 (cinco milhões e setecentos mil reais). Antes que algum mensalinho ou fantasma mais afoito queira usar as redes sociais para rebater esta
postagem, os valores apontados aqui não incluem os mais de R$ 5 milhões do
Fundeb nos primeiros dias de junho e nem os mais de R$ 6 milhões da saúde no mesmo período de junho.
Antes da chegada de Flávio Dino ao governo do
MA, a então governadora Roseana Sarney ‘pagava’ por todo e qualquer fracasso da
administração em Caxias.
Saiu o governo ‘perseguidor’ de Roseana e
entrou o redentor e amigo de Caxias, Flávio Dino, e a desculpa encontrada para
qualquer assunto é a crise financeira.
Sei não, mas com o forte patrocínio do
governo do Estado e da Itaipava, e com a baixa popularidade do prefeito Léo
Coutinho, acho que vem alguma boa surpresa para os caxienses nos festejos juninos.
Quem sabe não teremos um Wesley Safadão ou
Michel Teló por aqui...
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