Paturi |
O turismo maranhense sofreu uma enorme perda com o
falecimento, ontem, à noite, do empresário Paturi (Artur Boueres). Vítima de
fulminante ataque do coração, Paturi, de 63 anos, morreu por volta das 20h, quando
se dirigia de lancha para a cidade, onde assistiria à tradicional vaquejada de
Barreirinhas, nos Lençóis Maranhenses. Ele era casado com Suzana Boueres e
tinha uma filha de 1 ano e meio.
Artur Boueres era proprietário da ‘Pousada do Paturi’,
localizada na Praia do Caburé, em Barreirinhas, local de alta frequência de
turistas de todos os cantos do mundo, todos atraídos não só pela deliciosa
culinária da pousada como pelos momentos de descontração e alegria
proporcionados por Paturi, um exímio e inigualável contador de ‘causos’ e
piadas.
Alto astral – Amigo
de longas datas e um dos mais assíduos frequentadores da pousada, o advogado
Washington Torres, de Caxias, esteve com Paturi pouco antes do seu falecimento
e fez um relato ao JP Online do que aconteceu: “Cheguei à Praia do Caburé por
volta das 17h30 horas, acompanhado do jornalista Douglas Ferreira, da TV Antena
10 (Rede Record), de Teresina, e encontrei Paturi no maior alto astral,
contando piadas. Quando me viu, começou a falar coisas engraçadas do Dr. Pêta,
de Lobão, Jorge Murad… estava na maior alegria. Pouco antes das 19h, ele me
convidou para ir até a cidade (Barreirinhas), para assistir à vaquejada. Disse
que estava muito cansado, pois tinha dirigido a tarde inteira, e sugeri que ele
fosse com o Douglas. Paturi, então, pegou a lancha dele e foi com Douglas
Ferreira e um outro amigo, ‘pilotando’ ele mesmo”.
“Quando nos aproximávamos de um povoado chamado São
Domingos” – o relato, agora, é do jornalista Douglas, que estava na lancha –,
“Paturi se sentiu mal, passou o comando da lancha para o rapaz que ia com a
gente, e falou: ‘Douglas, pega meu remédio, que estou morrendo’. Nós encostamos
a lancha, massa nada mais restava a fazer. O ataque do coração foi fulminante e
ele morreu ali mesmo”. (Fonte: Jornal Pequeno).
Comentário nosso
Tanto Washington Torres quanto Douglas Ferreira costumavam
lembrar para mim das brincadeiras e de como era divertido conversar com Paturi.
Inúmeras vezes me convidaram para conhecê-lo, mas sempre a minha ida acabava
não dando certo. Ontem mesmo os dois me ligaram da estrada dizendo que estavam
a caminho de Barreirinhas e que iriam se hospedar na Pousada do Paturi.
Não o conheci, mas, pelos relatos que tenho dele, era uma
figura sem igual e que deixará muitas saudades para aqueles que o conheceram.
Verdade, muito querido e amigo de todos, Que Jesus acolha em seus braços.