Vereador Catulé: polêmica e autenticidade |
Afastado dos
microfones do rádio há cerca de 4 meses, o vereador Catulé voltou a ocupar,
neste sábado, 06, o espaço radiofônico bem ao seu estilo: verdadeiro e sem
papas nas língua.
Na entrevista
concedida no Programa Diz Aí, comandado pelo seu filho, advogado Catulé Jr.
(Tropical FM) o vereador não fugiu de nenhuma pergunta e deixou, como sempre
fez na sua vida, os microfones abertos para participação dos ouvintes pelo
telefone.
E o que não faltou
foram telefonemas, ora de apoio ao posicionamento de enfrentamento do
parlamentar em relação ao grupo Coutinho, ora de críticas a ele e a sua
trajetória na vida pública.
Alguns, claramente
direcionados, se perdiam nas perguntas e criticas a Catulé, como o caso de uma
ouvinte que disse ser professora e que tinha medo dele. “Eu lembro que você
tentou matar um advogado atirando nele”, disse a ouvinte repetindo a mesma
bobagem, e com as mesmas palavras, da vereadora Thays Coutinho na Câmara
Municipal quando afirmou que Catulé havia atentado contra a vida do advogado
Hélio Coelho há mais de 20 anos atrás.
A resposta de Catulé
foi tranqüila. “Pelo visto você não é de Caxias, deve ser de Matões ou da
Pedreira do Eugênio Coutinho, pois fui eu que quase perdi a vida quando fui
atingido covardemente por um advogado em Caxias e todo mundo sabe disso”,
respondeu o vereador até num tom de brincadeira com a falta de sentido no
questionamento da ouvinte.
Indagado por outro
ouvinte sobre a existência de aluguéis superfaturados pegos pela Prefeitura e
cujos proprietários são amigos do prefeito Humberto Coutinho, Catulé não se fez
de desinformado. “Mesmo aliado do prefeito eu sempre lhe alertei sobre essa
prática realizada na cidade, mas o mesmo nunca me ouviu”.
Ressaltando que tem
as mãos limpas e não possui negócios com a Prefeitura de Caxias, Catulé lembrou
do episódio que recentemente está sendo a pauta da política local: o sumiço da
UTI Pediátrica.
“Eu tenho minhas
mãos limpas, mas esses que me acusam agora terão que explicar onde foi parar a
UTI Pediátrica que ninguém encontra. A promotora de Justiça já denunciou o
ex-prefeito Humberto Coutinho e o secretário de Saúde da época, Vinicius Araújo,
por esse sumiço”, lembrou Catulé.
Alertado por um
ouvinte sobre os pagamentos suspeitos que estão sendo feitos no gabinete do
prefeito de Caxias, onde somente no mês de maio chegou-se ao valor de R$
298.000,00 (duzentos e noventa e oito mil reais), o vereador foi no âmago da questão.
“Esses assessores
[do Gabinete] não são daqui, são pessoas que moram na Bahia, Rio de Janeiro e
em São Luis e esses recursos servem para custear até faculdade particular”,
disparou Catulé.
Na questão política
Catulé lembrou de uma prática corriqueira de Humberto Coutinho: o abandono de
aliados que lhe estenderam a mão.
“Para o
ex-governador Jackson Lago, que tantos recursos trouxe para Caxias, o Humberto
Coutinho virou as costas em 2010 e também para o ex-governador José Reinaldo,
que também enviou dezenas de convênios para nossa cidade e hoje é tratado como
um leproso pelos coutinhos”, disse num tom de indignação.
Um tema abordado na
entrevista que todo mundo sabe, mas poucos tem coragem de falar, é sobre uma
característica do ex-prefeito Humberto Coutinho: a inveja.
“Ele criticou e
tentou melar a construção do hospital regional de Caxias, mas rapidamente
comprou um terreno ao lado para que o mesmo não pudesse se expandir e está
reformando a sua Casa de Saúde para lá instalar até ressonância magnética
porque o hospital regional terá o serviço e ele não quer ficar para trás”,
revelou Catulé para em seguida reafirmar: “é um invejoso”.
Ao final da
entrevista Catulé mandou duros recados ao grupo que hoje tenta lhe desestabilizar
política e emocionalmente.
“Não me venham com
coisas rasteiras, pois sei enfrentá-los em todos as áreas e o Humberto Coutinho
sabe muito bem as causas e os motivos da separação desse candidato dele com a
mulher que é caxiense”, alfinetou.
Quanto as demandas
jurídicas tomadas pelo Ministério Público no município, o vereador foi
enfático.
“Estarei indo a São
Luís na próxima semana procurar a Corregedoria do Tribunal de Justiça, pois não
aceitarei que as demandas do Ministério Público em Caxias sejam engavetadas”,
declarou.
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