Minha Figura

Em entrevista no rádio, Catulé reafirma críticas ao grupo de Humberto Coutinho e mostra-se polêmico como sempre

6.7.13
Vereador Catulé: polêmica e autenticidade
Afastado dos microfones do rádio há cerca de 4 meses, o vereador Catulé voltou a ocupar, neste sábado, 06, o espaço radiofônico bem ao seu estilo: verdadeiro e sem papas nas língua.

Na entrevista concedida no Programa Diz Aí, comandado pelo seu filho, advogado Catulé Jr. (Tropical FM) o vereador não fugiu de nenhuma pergunta e deixou, como sempre fez na sua vida, os microfones abertos para participação dos ouvintes pelo telefone.

E o que não faltou foram telefonemas, ora de apoio ao posicionamento de enfrentamento do parlamentar em relação ao grupo Coutinho, ora de críticas a ele e a sua trajetória na vida pública.

Alguns, claramente direcionados, se perdiam nas perguntas e criticas a Catulé, como o caso de uma ouvinte que disse ser professora e que tinha medo dele. “Eu lembro que você tentou matar um advogado atirando nele”, disse a ouvinte repetindo a mesma bobagem, e com as mesmas palavras, da vereadora Thays Coutinho na Câmara Municipal quando afirmou que Catulé havia atentado contra a vida do advogado Hélio Coelho há mais de 20 anos atrás.

A resposta de Catulé foi tranqüila. “Pelo visto você não é de Caxias, deve ser de Matões ou da Pedreira do Eugênio Coutinho, pois fui eu que quase perdi a vida quando fui atingido covardemente por um advogado em Caxias e todo mundo sabe disso”, respondeu o vereador até num tom de brincadeira com a falta de sentido no questionamento da ouvinte.

Indagado por outro ouvinte sobre a existência de aluguéis superfaturados pegos pela Prefeitura e cujos proprietários são amigos do prefeito Humberto Coutinho, Catulé não se fez de desinformado. “Mesmo aliado do prefeito eu sempre lhe alertei sobre essa prática realizada na cidade, mas o mesmo nunca me ouviu”.

Ressaltando que tem as mãos limpas e não possui negócios com a Prefeitura de Caxias, Catulé lembrou do episódio que recentemente está sendo a pauta da política local: o sumiço da UTI Pediátrica.

“Eu tenho minhas mãos limpas, mas esses que me acusam agora terão que explicar onde foi parar a UTI Pediátrica que ninguém encontra. A promotora de Justiça já denunciou o ex-prefeito Humberto Coutinho e o secretário de Saúde da época, Vinicius Araújo, por esse sumiço”, lembrou Catulé.

Alertado por um ouvinte sobre os pagamentos suspeitos que estão sendo feitos no gabinete do prefeito de Caxias, onde somente no mês de maio chegou-se ao valor de R$ 298.000,00 (duzentos e noventa e oito mil reais), o vereador foi no âmago da questão.

“Esses assessores [do Gabinete] não são daqui, são pessoas que moram na Bahia, Rio de Janeiro e em São Luis e esses recursos servem para custear até faculdade particular”, disparou Catulé.

Na questão política Catulé lembrou de uma prática corriqueira de Humberto Coutinho: o abandono de aliados que lhe estenderam a mão.

“Para o ex-governador Jackson Lago, que tantos recursos trouxe para Caxias, o Humberto Coutinho virou as costas em 2010 e também para o ex-governador José Reinaldo, que também enviou dezenas de convênios para nossa cidade e hoje é tratado como um leproso pelos coutinhos”, disse num tom de indignação.

Um tema abordado na entrevista que todo mundo sabe, mas poucos tem coragem de falar, é sobre uma característica do ex-prefeito Humberto Coutinho: a inveja.

“Ele criticou e tentou melar a construção do hospital regional de Caxias, mas rapidamente comprou um terreno ao lado para que o mesmo não pudesse se expandir e está reformando a sua Casa de Saúde para lá instalar até ressonância magnética porque o hospital regional terá o serviço e ele não quer ficar para trás”, revelou Catulé para em seguida reafirmar: “é um invejoso”.

Ao final da entrevista Catulé mandou duros recados ao grupo que hoje tenta lhe desestabilizar política e emocionalmente.

“Não me venham com coisas rasteiras, pois sei enfrentá-los em todos as áreas e o Humberto Coutinho sabe muito bem as causas e os motivos da separação desse candidato dele com a mulher que é caxiense”, alfinetou.

Quanto as demandas jurídicas tomadas pelo Ministério Público no município, o vereador foi enfático.

“Estarei indo a São Luís na próxima semana procurar a Corregedoria do Tribunal de Justiça, pois não aceitarei que as demandas do Ministério Público em Caxias sejam engavetadas”, declarou.

Catulé não fugiu de nenhuma pergunta, mesmo aquelas direcionadas e orquestradas por seus adversários e mostrou que, mesmo após quase 30 anos de vida pública, continua tendo a mesma autenticidade do início.

0 comentários:

Postar um comentário