O
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a união do
“centro” em torno de um único nome para disputar a eleição presidencial de 2022
e citou como possíveis candidatos do campo o governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), o apresentador de TV Luciano Huck (sem partido) e o ex-governador
do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT). Em entrevista à Globo News
na noite desta quarta-feira, ele disse que, caso isso não aconteça, o pleito
certamente será disputado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e
um candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
— Eu acho melhor nome do centro é a
unificação do centro. Esse é o melhor nome. Se ninguém tiver capacidade de
unificar o centro, significa que o centro estará fora do segundo turno. Isso
serve pro Doria, pro Luciano Huck, pro Ciro Gomes, serve para todos que estão
nesse campo aqui de centro-esquerda até centro-direita, no meu ponto de vista.
Se não unificar isso aqui, vai dar certamente Bolsonaro de um lado e o
candidato do Lula do outro.
Questionado
sobre a citação a Ciro Gomes como candidato de centro e lembrado de que o DEM
conversa com o PDT, partido do ex-governador, que apoiava Lula, Maia disse
achar que a união é factível.
— Minha primeira filiação partidária foi
no PDT. Eu tinha uma foto do [Leonel] Brizola [ex-governador do Rio] no meu…
Depois eu caminhei mais para a direita, mas tenho grandes amigos e ganhei
grande admiração pelo PDT. Acho que é uma partido que tem uma ótima imagem, se
manteve fiel à defesa das suas posições. É de centro-esquerda. Eu acho que o
Ciro Gomes tem que estar aqui com a gente — declarou o presidente
da Câmara.
Apontando
que ganha a eleição quem tem mais voto, ele argumentou que “quem não agrega,
está fora” e, portanto, não adianta o governador Doria vir forte em São Paulo,
mas dividido com Bolsonaro, Luciano Huck ter uma entrada boa no Nordeste, mas
dividir a votação na região com Ciro, por exemplo.
—
Esse campo aqui tem que ter a coragem de começar a conversar —
comentou.
Maia
disse ainda que já fez ao presidente do PDT, Carlos Lupi, a proposta de começar
a fazer eventos para discutir temas polêmicos e teses em que haja divergência
entre os respectivos partidos. Para ele, o debate entre as forças do campo é
que vai gerar a possibilidade de o centro ter chance de crescer nas próximas
eleições. (O Globo)
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