A última
revelação trazida pelo The Intercept e Folha de São Paulo, no que ficou
conhecido como escândalo da Vaza Jato, mostra que Sérgio Moro fez política com
delação de Antônio Palocci dias antes do primeiro turno, ajudando a eleger Jair
Bolsonaro (PSL), para em seguida ganhar o cargo de ministro da Justiça. O caso
indignou parlamentares e democratas.
Segundo
o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), o ex-juiz federal deveria ser convocado
outra vez para prestar esclarecimentos na Câmara e no Senado. “Moro fraudou a
eleição e ganhou um Ministério, ele deve explicações ao país, deve até
explicações à Justiça. O que já se sabe caracteriza claramente uma vergonhosa
armação política comandada pelo atual ministro da Justiça, que se escondeu no
“combate à corrupção” para corromper o sistema político”, declarou.
Jandira
Feghali (PCdoB-RJ), lembrou que Laura Tesler, procuradora que Moro chamou de
“fraca”, aparece na reportagem justamente reiterando que havia falta de provas
na delação de Palocci. “O ex-juiz covarde agiu politicamente e desonestamente
na divulgação da delação de Palocci próximo do primeiro turno presidencial”,
afirmou a deputada.
O
depoimento de Palocci foi tomado em abril de 2018, mas divulgado apenas em
outubro, dias antes da eleição. Na época, o então juiz foi acusado de querer
prejudicar a candidatura de Fernando Haddad (PT). (Do blog do John Cutrim)
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