Foram apreendidos celulares, computadores, cartões de
visita, cartões, cadernos de cobrança, dinheiro e veículos Divulgação |
Cada vez mais os colombianos estão sendo
acusados de envolvimento com agiotagem no Nordeste brasileiro. Piauí, Maranhão
e Ceará são alguns dos estados onde há atuação desses estrangeiros nesse tipo
de ação criminosa. No interior do Ceará, na cidade de Pentecostes, onze pessoas
foram presas, entre elas, três colombianos, durante a Operação
Préstimos, deflagrada pelo Ministério Público do Ceará, por meio
da Promotoria com o apoio da Polícia Civil e Militar da região,
na manhã desta sexta-feira (12). O objetivo foi o de combater crimes de
agiotagem comandados por estrangeiros. Conforme o promotor de Justiça que
comandou a operação, Jairo Pereira Pequeno Neto, a associação criminosa
investigada movimentou cerca de dois milhões de reais nos últimos
meses.
Os três colombianos, Natalia
Orosco, Davi Orosco e Cristian Davi, são apontados como líderes da
associação criminosa. Eles estavam envolvidos em um esquema de
agiotagem, prática de empréstimos de dinheiro a juros extorsivos, no
município de Pentecoste, General Sampaio e Apuiarés. Os advogados dos suspeitos
não foram localizados até a publicação desta matéria.
Além das prisões, foram apreendidos
celulares, computadores, cartões de visita, 500 cartões, cadernos de cobrança,
dinheiro e veículos. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos
pelo juiz Caio Lima Barroso da Comarca de Pentecoste e
cumpridos nos municípios de São Gonçalo do Amarante, Pentecoste,
Umirim e Paraipaba.
De acordo com as investigações, a prática
era realizada por meio da distribuição de cartões de visitas que eram entregues
por integrantes da organização à empresários e comerciantes da região. As
tarefas do grupo criminoso eram bem divididas, contando com a presença de
cobradores, ficais e gerentes.
O promotor Jairo Pereira Pequeno Neto informou
que a cobrança de juros era diária sobre os valores emprestados. Elas eram
realizadas de forma ostensiva e ameaçadora. A associação criminosa possuía ,
inclusive, um aplicativo de celular para controle dos clientes, dos valores
emprestados e para cálculos dos juros.
Os recursos captados a partir de
empréstimos extorsivos destinam-se a um fundo cuidadosamente organizado e
administrado pela organização criminosa por meio dos aplicativos eletrônico e
reinvestidos para a estruturação de novos empréstimos em outras cidades.
(Do Diário do Nordeste)
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