Proclamada a Independência do Brasil, no dia
07.09.1822, no país não reinou a calma. Nos estados da Bahia e Maranhão, as
lutas contra a nossa Independência foram mais sangrentas. O Maranhão só
vem aderir à causa da nossa Independência, em 28 de julho de 1823, e Caxias é o
último foco de resistência.
Segundo o historiador caxiense, César Augusto
Marques, a Vila de Caxias aderiu à causa da Independência da seguinte forma: A
junta provisória do governo do Ceará, desejando favorecer as intenções dos
habitantes do Piauí, que ambicionavam a sua independência, deliberou
expedicionar para essa província o governador das Armas, José Pereira
Filgueiras, e Tristão Gonçalves Pereira Alencar Araripe, para que promovesse o
bom êxito do tal projeto. Pondo-se em marcha os expedicionários a 30 de março
de 1823, recebeu o dito governador a carta imperial, de 16 de abril do mesmo
ano, autorizando-o a reunir toda a força para proclamar a Independência do
Maranhão.
Apresentou-se a junta aos redores da Vila de
Caxias com perto de 6000 homens, e, depois de longas fadigas e privações, no
dia 31 de julho do dito ano foi celebrada uma honrosa convenção em sessão
extraordinária da Câmara Municipal, reunida na então capela de Nossa Senhora
dos Remédios, tendo a ela comparecido: o clero, a nobreza, o povo, e os
sitiantes comandados; entre outros, pelo major Salvador Cardoso de Oliveira e
João da Costa Alecrim e os sitiados sob o comando do major português João José
da Cunha Fidié.
No dia seguinte: 1º de agosto/1823, as tropas
independentes entraram em Caxias e, no dia 06 daquele mês, procedeu-se a
eleição para vereadores tendo sido eleitos: Francisco Henrique Wilk, capitão
Clemente José da Costa, José Isidoro Viana, Francisco Joaquim de Carvalho, João
Ribeiro de Vasconcelos Pessoa e José Maria César Brandão.
Na realidade, a bravura do povo caxiense foi,
é, e sempre será uma característica marcante nas conquistas de uma cidadania
livre e soberana. Em verdade, no ano de 1822, quando ocorreu, simbolicamente, o
“Grito da Independência do Brasil”, a Vila de Caxias era habitada,
predominantemente, por uma população lusitana. A classe hegemônica, constituída
de portugueses, exercia a dominação ao comércio, à igreja e à educação no
lugar. E, portanto, assim, não queria contrariar os interesses da Coroa de
Portugal à qual tínhamos o jugo de subordinação política.
Mas, somente quase um ano depois,
precisamente, em 1º de agosto de 1823, o povo caxiense livrou-se do domínio
português e a aderiu à Independência para se tornar soberano e patriota,
também, à cidadania brasileira. A Vila de Caxias tornava-se, também, livre do
cunho de estado colonial e se constituía em um próspero centro comercial e
soberano da nova Província do Maranhão.
Séculos se passaram, e o povo desta terra de
bravos cidadãos é, atualmente, um torrão liberto e ávido aos anseios de seu
destino. Portanto, na data de 1º de agosto, há parabéns para Caxias pela
bravura, encanto e beleza desta terra eternizada em dois dos principais
símbolos nacionais: o Hino Nacional Brasileiro com os versos do poema “Canção
do Exílio”, de Gonçalves Dias; “nossos
bosques têm mais vida/nossa vida mais amores” e a Bandeira
Nacional Brasileira, idealizada pelo positivista caxiense, Raimundo Teixeira
Mendes, e, também, autor da insígnia “Ordem
e Progresso”, extraída do Lema positivista escrito por ele e
que diz: “O povo
brasileiro, assim como a maioria dos povos ocidentais, acha-se, vivamente,
solicitado por duas necessidades: ambas imperiosas e que se resumem em duas
palavras: Ordem e Progresso”.
O local onde se acha situada a bela cidade de
Caxias foi, primitivamente, um agregado de grandes aldeias dos índios Timbiras
e Gamelas que conviviam pacificamente com os franceses. Porém, com a expulsão
dos franceses do Maranhão, em 1615, os portugueses reduziram tais aldeias à
condição de subjugadas e venderam suas populações, como escravos, ao povo de
São Luís.
Várias denominações foram impostas ao lugar,
dentre as quais: Guanaré – denominação indígena -, São José das Aldeias Altas,
Freguesia das Aldeias Altas, Arraial das Aldeias Altas, Vila de Caxias e,
finalmente, através da Lei Provincial, número 24, datada de 05 de julho de
1836, fora elevado à categoria de cidade com a denominação de Caxias. Foi na
Igreja de São Benedito que, em 1858, o antístite da Igreja Maranhense, Dom
Manoel Joaquim da Silveira, denominou Caxias com o título: “A Princesa do
Sertão Maranhense”.
É bom lembrar que, ao contrário do que muita
gente pensa, o nome Caxias não se atribui a Luís Alves de Lima e Silva, patrono
do Exército Brasileiro. Ele, sim, recebeu o título Barão de Caxias, por ter
sufocado a maior revolução social existente no Estado do Maranhão: a Balaiada.
A cidade de Caxias foi palco da última batalha do movimento. Posteriormente, já
em terras do Rio de Janeiro, o Barão de Caxias foi condecorado, novamente, com
o título de Duque de Caxias.
Geralmente quando os portugueses criavam, num
lugar, uma Vila, mudavam-lhe o nome, às vezes criando uma homônima do Reino nas
Colônias. Inicialmente, a grafia “Cachias” viera de Portugal, que se refere a
uma excelente Quinta Real com muitas palmáceas e davam flores e frutos em
cachos, e que ficava nos arredores de Lisboa perto de Oeiras (Portugal) outra
bonita quinta do Márquez de Pombal, que era também residência real. Nessa área
existia uma estação de caminho de ferro de Cascaes; lugar com uma estação
balneária, com água excelente e caldas térmicas muito procuradas para o
tratamento de paralisias e reumatismo.
Situada na mesorregião do leste maranhense e
na microrregião do Itapecuru, Caxias tem uma área de 5.313.10 Km² dentre os
333.365,00 Km² do Estado e está a 365 quilômetros da capital do Maranhão, São
Luis, e uma população de, aproximadamente, 162 mil habitantes. Geograficamente,
em relação ao território nacional, o município de Caxias está localizado na
região Nordeste do Brasil, Oeste do Norte Brasileiro e a Leste do Estado do
Maranhão.
Fonte
de pesquisa:
César
Augusto Marques – Dicionário Histórico e Geográfico do Maranhão;
Coutinho,
Milson – Caxias das Aldeias Altas
Francisco
Caudas Medeiros – Aconteceu em Caxias.
Por Wybson Carvalho, poeta e membro da
Academia Caxiense de Letras.
Ainda não tive a oportunidade de conhecer o mirante , porém uma coisa tenho certeza , enxergarei apenas telhados e não irei enxergar um Edifício....tem algum problema grave na cabeça dos engenheiros , arquitetos,políticos e empresários de Caxias que somente dão opções de casas , se alguém quiser morar no 5º andar de algum edifício em Caxias , essa pessoa não vai ter essa opção,ela terá que escolher entre as poucas opções de Kitnets e alguns poucos apartamentos em edifícios de 3 andares....que cidade APEQUENADA!
Parabéns Caxias , 163.000 habitantes e nenhum Edifício maior que 4 andares. Faculdades , hospitais , escolas , comércio , fábrica de cerveja , porém , nada disso faz com que Caxias cresça verticalmente.Como é que pode uma cidade como Caxias não possuir nem ao menos 1 Edifício de 10 andares?? O nome disso é atraso MENTAL!
PAZ!