Contradição / Mulher diz em vídeo que está sofrendo perseguição
por não querer apoiar o pai do prefeito, mas se contradiz em seguida: “É bem
verdade que eu procurei conversar, procurei dialogar com o então prefeito, mas,
infelizmente, não fui recebida”
Com a
proximidade das eleições, o que restou da carcomida e revoltada oposição ao
prefeito Fábio Gentil dá sinais de que se agarra em qualquer fagulha para
tentar provocar um incêndio político contra a administração municipal. O recente
caso da simples troca de direção de uma escola municipal tem servido como combustível
para saciar a mente dos que sofrem de crise de abstinência desde a perda do
poder em 2016.
A conhecida
cabo eleitoral da família Coutinho, Marlizete, que possui um prédio no bairro São Francisco
onde funciona a Unidade Integrada Municipal Coelho Neto, simplesmente não
aceita que o município faça a substituição de parte do quadro funcional, onde
ela se acha no direito de alugar o prédio, ser diretora perpétua, indicar o
diretor adjunto, manter seu esposo como funcionário e ditar todas as regras do
centro educacional.
Alugado
pela bagatela de R$ 4.022, 00 (quatro mil e vinte e dois reais) mensais, a
referida escola faz parte da rede municipal de ensino, que tem como obrigação,
conforme determinação legal, ter sua grade curricular, bem como seguir todos os
ditames da pasta a qual está vinculada (Secretaria Municipal de Educação,
Ciência e Tecnologia), de acordo com os administradores do município, estes sim
eleitos pelo povo para gerir os destinos da cidade.
Marlizete foi nomeada
como Oficial de Gabinete da Assembleia Legislativa em 1º de fevereiro
de 2015,
mesma época que era diretora da Unidade Integrada Municipal Coelho Neto em
Caxias
|
Pois
bem, como faz frequentemente nas escolas do município, a Secretaria de Educação
resolveu substituir a direção da Unidade Integral Municipal Coelho Neto, onde
os novos diretores poderão seguir as orientações determinadas pela pasta. O
titular do Blog recebeu a informação de que o contrato de aluguel está sendo
respeitado pelo município e os aluguéis da senhora Marlizete estão sendo devidamente
pagos. Soube ainda que não existe nenhuma intenção do município em quebrar o
contrato de aluguel, deixando a senhora Marlizete tranquila em relação ao
incremento de R$ 4 mil reais na sua renda.
Rodou a baiana
Quando
os novos diretores foram tomar posse na Unidade Integrada Municipal Coelho Neto
no início da semana, a senhora Marlizete simplesmente impediu a entrada dos
mesmos no interior do prédio. Em seguida, achando-se acima do bem e do mal,
Marlizete dispensou todos os alunos que estavam em sala aula, o que é no mínimo inaceitável,
haja vista que ela não tem esse direito, e que ficou caracterizado como uma
tentativa desesperada de chamar a atenção.
Não
satisfeita, a Oficial de Gabinete da Assembleia Legislativa gravou um vídeo e
publicou nas redes sociais tentando passar a ideia de que estava sendo vítima
de perseguição política do prefeito Fábio Gentil.
O
vídeo é uma festival de incoerência que não resiste a um olhar mais atento, e mesmo
aqueles mais apaixonados da turma da abstinência, que reproduziram o material
nas redes sociais, ficam envergonhados com as contradições do depoimento de
Marlizete. “É bem verdade que eu procurei conversar, procurei dialogar, num é, com
o então prefeito, mas, infelizmente, não fui recebida”, diz ela no
vídeo, o que demonstra claramente que “procurou” o prefeito, mas que “não
foi recebida” por ele. E continuou: “E pelo simples fato deu dizer
não a ele, que não vou votar, que não vou ajudar, não vou contribuir na
campanha de seu pai, do então José Gentil”.
Ora,
caros leitores, como ela pode dizer claramente que “procurou conversar, dialogar”,
mas que “não foi recebida” e em seguida dizer que foi estava sendo substituída
porque teria dito a ‘ele’ que “não iria votar”, “não
iria contribuir na campanha de seu pai” se afirmou logo no início da gravação
que “não
foi recebida” pelo prefeito?!
Destituída
da direção da Escola Coelho Neto, Marlizete poderá finalmente cumprir seu
expediente na Assembleia Legislativa do Maranhão, uma vez que não terá que
dividir seu tempo em Caxias, o que certamente lhe acarretava um esforço sobre-humano
no seu deslocamento diário entre os dois locais de trabalho.
Mas fica
uma lição de tudo isso: Já pensou se todos os prédios alugados pelo município,
os proprietários dos respectivos imóveis se achassem no direito de se
autonomear como diretor e colocar os membros de sua família como funcionários?
Marlizete,
Marlizete...
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