Segundo anuário, maior taxa de mortes é do Rio Grande do Norte (68
para cada 100 mil habitantes).
No ano passado, foram apreendidas 119.484 armas de fogo. (Foto: Reprodução) |
SÃO LUÍS - Apenas em 2017, o Brasil registrou
63.880 mortes violentas, o maior número de homicídios da história recente do
país. Os dados indicam que foram assassinadas 175 pessoas por dia, registrando
elevação de 2,9% em comparação a 2016. A taxa é de 30,8 mortes para cada 100
mil habitantes.
Os dados fazem parte do 12º Anuário de
Segurança Pública divulgado nessa quinta-feira (9), em São Paulo, durante o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O Rio Grande do Norte (68) registrou a maior
taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes, seguido por Acre (63,9) e
Ceará (59,1). O Maranhão teve uma taxa de 29,4, quase o triplo do número
registrado no Estado de São Paulo.
As menores taxas estão em São Paulo (10,7),
seguida de Santa Catarina (16,5) e Distrito Federal (18,2).
De acordo com o levantamento, o número de
homicídios dolosos cresceu 2,1%, ao atingir os 55.900. As lesões corporais
seguidas de morte totalizaram 955, com crescimento de 12,3%. Já os latrocínios
caíram 8,2% e foram 2.460.
Crimes
Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Maranhão em 2017
Homicídios dolosos: 1.816
Latrocínios: 97
Lesão corporal seguida de morte: 32
Latrocínios: 97
Lesão corporal seguida de morte: 32
Violência
policial
O número de policiais mortos reduziu 4,9%,
chegando a 367. Na contramão, o número de pessoas mortas em intervenções
policiais registrou aumento de 20%, com 5.144 casos em 2017.
Violência
contra a mulher
Os indicadores mostram ainda que os estupros
aumentaram 8,4%, chegando a 60.018. No Maranhão, o número saltou de 955, em
2016, para 1.199, em 2017. Os casos de feminicídio totalizaram 1.133, sendo 50
no Maranhão.
Em 2017, foram registrados 221.238 casos de
violência doméstica, uma média de 606 por dia. Também houve crescimento no
número de mulheres vítimas de homicídio (6,1%), chegando a 4.539; 125 casos no
Maranhão.
Armas
de fogo
No ano passado, foram apreendidas 119.484
armas de fogo. Dessas, 94,9% não eram cadastradas no sistema da Polícia Federal
(Sinarm). Entre as armas legais apreendidas, 13.782 tinham sido perdidas,
extraviadas ou roubadas – o que equivale a 11,5% das armas apreendidas no
período.
Desaparecimentos
Os dados do estudo contabilizam 82.684
registros de pessoas desaparecidas apenas em 2017.
População
carcerária
De acordo com o anuário, a população
carcerária brasileira era de 729.463 pessoas em 2016 - 689.947 no sistema
penitenciário e 39.516 sob custódia das polícias. O estudo mostra ainda o
deficit no sistema prisional que contava com 367.217 vagas, o que resulta em
duas pessoas presas para cada vaga. (Fonte: Imirante)
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