Tentando se eximir de responsabilidades pela
morte da menor Luisa Mel, ocorrida no último domingo no Hospital Infantil de
Caxias, a Prefeitura, em nota distribuída à imprensa, e publicada na página
oficial do município, tenta colocar a culpa pela tragédia que abateu a família
nos pais da criança.
Prefeito usa redes
sociais para tentar eximir seu governo das responsabilidades e
recebe o
tratamento que merece dos internautas
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O próprio prefeito Léo Coutinho divulgou isso
através de sua página oficial no facebook, o que provocou revolta e indignação
dos internautas (veja prints ao lado).
Demonstrando não ter um mínimo de coerência,
a justificativa oficial começa a ser grotesca já na manchete da notícia: Nota de Esclarecimento:
Médica tenta salvar criança e é agredida por pai no Hospital Infantil.
Como se vê, a tentativa de livrar o governo
Léo Coutinho de qualquer responsabilidade sobre mais um óbito ocorrido na rede
pública municipal de saúde demonstra o quanto podem sair totalmente da realidade
diante de mais um fracasso da atual gestão.
No corpo da matéria distribuída pela
assessoria palaciana vê-se um relato sobre horário de entrada da criança no
Hospital Infantil no dia do seu falecimento (domingo, às 13:21hrs) e o momento
em que foi encaminhada pelo médico para o setor de enfermagem para os
procedimentos necessários (13:45hrs).
A partir da última informação de horário, a
nota de esclarecimento da Prefeitura já não obedece a sequência cronológica do
caso, ficando apenas as informações técnicas, como as providências para um
encaminhamento para São Luis.
O esclarecimento da Prefeitura diz ainda que
no momento que a médica atendia a criança, que estava tendo uma parada
cardiorrespiratória, a mesma foi agredida pelo pai.
A afirmação oficial do governo Léo Coutinho,
de que o pai da menor Luisa Mel agrediu a médica que tentava salvar a vida de
sua filha, é de uma sordidez que revolta.
Ainda na nota de esclarecimento da
Prefeitura, a assessoria palaciana tenta colocar mais dúvidas nos pais da
criança ao dizer, em um trecho do texto, que a “a mãe, de nome Tamires Rodrigues
da Silva, disse que, quando estava viajando, a filha havia caído da cama e
deixou a criança aos cuidados de terceiros em sua residência”.
Como se vê, a ‘explicação’ palaciana veio com
uma boa dose de veneno colocando novamente suspeitas sobre a mãe ao dizer que
ela “estava
viajando”, que a filha “havia caído” e que a deixou “aos cuidados de
terceiros”. Tentam, de forma subliminar, caracterizar a mãe como irresponsável,
o que só aumenta a revolta da família da criança.
Rápidos para tentar livrar o governo de
qualquer responsabilidade sobre o episódio, a nota de ‘esclarecimento’ finaliza
dizendo que “toda a documentação dos
procedimentos está à disposição da população”, mas, no entanto,
não os apresenta nos seus veículos de comunicação.
Não quero aqui responsabilizar diretamente
nenhum profissional da rede municipal de saúde pelo triste episódio, mas registro
as dúvidas contidas no próprio esclarecimento da Prefeitura, o que só levanta
mais dúvidas para as responsabilidades e omissões no caso.
Tentar responsabilizar o pai da criança de agredir
a médica que tentava salvar a vida de sua filha é de uma incoerência que esse
governo não cansa de protagonizar.
Uma vergonha se nem pediatra habilitado a atender nossas crianças nós temos, se temos um hospital da criança por que a crainça teve que se deslicar até o hospital geral? Inumeras irregularidades naquele hospital e na saude e municipio de caxias.