
O candidato Lobão Filho de fato propôs num programa
de rádio pagar 20 mil reais por cada vídeo produzido contra seu principal
adversário, Flávio Dino. E nos espanta a todos ver o membro de uma facção
criminosa acusando o líder da coligação “Todos pelo Maranhão” de comandar um
assalto a cofres fortes. Só mesmo mentes alucinadas poderiam achar que tamanha
sandice tinha alguma chance de dar certo. E resvalam, os mentores de tamanha
estultícia, apanhados com a boca na botija, pelas profundezas da idiotia ao achar
que alguém no Maranhão possa crer nisso. E quanto à revista da aeronave do
candidato Lobão Filho, pareceria natural não fosse esse um período eleitoral,
posto que o personagem é um homem investigado em processo corrente no Supremo
Tribunal Federal.
Quedamos, agora, estupefatos, com uma reunião de
secretários nas dependências do Palácio dos Leões na qual propõem,
descaradamente, o abuso de poder político e econômico, crimes circunscritos ao
Código Eleitoral, como forma de reverter a situação da candidatura de Lobão
Filho. Propõem convênios às vésperas da eleição, outro crime previsto em lei;
falam de prefeitos que não ‘vestem a camisa’ por falta de dinheiro, e outros
absurdos que cada vez mais arrastam a coligação “Pra Frente Maranhão” no
terreno movediço da ilegalidade.
Só alucinados iriam ocupar a Justiça no objetivo de
responsabilizar Flávio Dino pela onda de criminalidade que tomou conta do
Estado, como se fosse ele o governante; só um impressionante desespero os
levaria a querer responsabilizar judicialmente o candidato por uma investigação
da Polícia Federal. O juiz eleitoral Clodomir Sebastião Reis, naturalmente,
negou a liminar requerida, chamando a atenção para a “fumaça do bom Direito”, o
fumus boni iuris, cotejado há séculos pelos operadores da Justiça. E aqui, além
do bom direito, falta o bom senso que já começa a provocar alucinações.
A bem da verdade, estão sonhando com aqueles ‘bons
tempos’ em que rios de dinheiro eram despejados nesse Estado para comprar voto
a voto, sem qualquer ou independente de fiscalização, porque os donos do poder
podiam agir ao arrepio da lei. Já não é tão fácil, tanto que se deixam flagrar,
dentro do próprio Palácio do Governo, ao cometimento de alguns dos mais graves
crimes eleitorais. Acometidos de alucinações, nos fazem lembrar as visões
tortuosas do jovem poeta Artur Rimbaud. (Editorial do Jornal Pequeno)
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