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Colombianos são presos acusados de agiotagem

13.7.19
Foram apreendidos celulares, computadores, cartões de visita, cartões, cadernos de
cobrança, dinheiro e veículos Divulgação

Cada vez mais os colombianos estão sendo acusados de envolvimento com agiotagem no Nordeste brasileiro. Piauí, Maranhão e Ceará são alguns dos estados onde há atuação desses estrangeiros nesse tipo de ação criminosa. No interior do Ceará, na cidade de Pentecostes, onze pessoas foram presas, entre elas, três colombianos, durante a Operação Préstimos, deflagrada pelo  Ministério Público do Ceará, por meio da Promotoria  com o apoio da Polícia Civil e Militar da região, na manhã desta sexta-feira (12). O objetivo foi o de combater crimes de agiotagem comandados por estrangeiros.  Conforme o promotor de Justiça que comandou a operação, Jairo Pereira Pequeno Neto, a associação criminosa investigada movimentou cerca de dois milhões de reais nos últimos meses.

Os três colombianos,  Natalia Orosco, Davi Orosco e Cristian Davi, são apontados como líderes da associação criminosa. Eles estavam envolvidos em um esquema de agiotagem, prática de empréstimos de dinheiro a juros extorsivos, no município de Pentecoste, General Sampaio e Apuiarés. Os advogados dos suspeitos não foram localizados até a publicação desta matéria.

Além das prisões, foram apreendidos celulares, computadores, cartões de visita, 500 cartões, cadernos de cobrança, dinheiro e veículos. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz Caio Lima Barroso da Comarca de Pentecoste e cumpridos nos municípios de São Gonçalo do Amarante, Pentecoste, Umirim e Paraipaba.

De acordo com as investigações, a prática era realizada por meio da distribuição de cartões de visitas que eram entregues por integrantes da organização à empresários e comerciantes da região. As tarefas do grupo criminoso eram bem divididas, contando com a presença de cobradores, ficais e gerentes.

O promotor Jairo Pereira Pequeno Neto informou que a cobrança de juros era diária sobre os valores emprestados. Elas eram realizadas de forma ostensiva e ameaçadora. A associação criminosa possuía , inclusive, um aplicativo de celular para controle dos clientes, dos valores emprestados e para cálculos dos juros.

Os recursos captados a partir de empréstimos extorsivos destinam-se a um fundo cuidadosamente organizado e administrado pela organização criminosa por meio dos aplicativos eletrônico e reinvestidos para a estruturação de novos empréstimos em outras cidades.

(Do Diário do Nordeste)

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