A 2ª Feira de Agricultura Familiar e
Agrotecnologia do Maranhão (Agritec) do Território dos Cocais teve início nesta
quarta-feira, 12, em Caxias e apenas dois dias de evento, a Feira recebeu a
visita de aproximadamente 4.500 pessoas com expressa presença de caravanas de
agricultores e estudantes de municípios da região dos cocais.
Nos dois dias de Feira, centenas de
agricultores familiares participaram de cursos, minicursos, palestras e
oficinas ministradas por instituições parceiras do Governo do Estado na
realização da Agritec, como a Embrapa, Sebrae, MAPA, IFMA, Agerp, Aged, Setres
e movimentos sociais do Movimento Sem Terras e Federação dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais do Maranhão (Fetaema).
12 municípios da Região dos Cocais estão
participando da Feira de Agrotecnologia para comercializar produtos de suas
terras. Os municípios presentes são os de São João do Sóter, Caxias, Brejo,
Santana do Maranhão, Água Doce, São Bernardo, Codó, Coroatá, São Domingos,
Timom, Matões, São Bento, entre os produtos comercializados estão os de
artesanato, verduras, legumes, hortaliças, frutas e doces.
Os movimentos sociais têm uma grande
participação no Governo Flávio Dino fazendo parte dos diálogos para desenvolver
a agricultura familiar do Maranhão e estão participando da 2ª Agritec dos
Cocais expondo produtos artesanais e alimentos. Os movimentos expositores na
Agritec são o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB),
Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão (Aconeruq),
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do
Maranhão (Fetaema) e Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na
Agricultura Familiar (Fetraf); as associações também estão presentes na Feira
comercializando e divulgando seus trabalhos, como a Fazenda Esperança e Coletivo
de Mulheres, também estão presentes a Cooperativa de Serviços Técnicos
(Coosert) e o Colegiado de Desenvolvimento Territorial
(Coodeter) de Caxias.
O município de Codó trouxe para a Agritec dos
Cocais os alimentos biofortificados produzidos pelo agricultor familiar Onias
Vieira (Baixote), que desenvolve há três anos o projeto de biofortificação de
alimentos sendo uma referência no Maranhão como produtor das cultivares com
valores nutricionais elevadas.
Os alimentos biofortificados contém altos
teores de nutrientes nas suas raízes, como ferro, zinco e vitamina A,
nutrientes esses que a população maranhense mais carece. Para o agricultor Baixote, a Agritec é um
momento importante para ele demonstrar a importância de cultivar e de
incentivar outros agricultores a produzir também.
“Há três anos trabalho com biofortificados e
comercializo via Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para as
escolas municipais de Codó, hospitais e creches que necessitam de uma
alimentação mais forte. Fico muito feliz em estar aqui para expor esse alimento
que tem não só valor nutritivo, mas de renda,” contou o
agricultor.
De acordo com o Dr. transferidor de
Tecnologia da Embrapa Meio Norte, Marcos Jacob o Maranhão é o berço da
biofortificação em termos de transferência de tecnologia.
“Foi dado um passo importante no Maranhão com
os produtores e estamos num plano de expansão nos municípios de Alto alegre,
Codó, Caxias, Peritoró, Coroatá e outros. A ideia é expandir para aqueles que
tenham interesse em produzir estes alimentos. A gente não leva só as
tecnologias, levamos atrelado a elas todas as boas práticas de produção,
” ressaltou Jacob.
Jacob exemplificou que o feijão normal
consumido todos os dias na mesa dos maranhenses é rico em ferro e zinco e um
alimento desse melhorado nutricionalmente vai combater a desnutrição de pessoas
mais pobres no estado e elevar a segurança alimentar.
Segundo dados da pesquisa Suplemento de
Segurança Alimentar, do Pnad – 2013, o Maranhão ocupa o primeiro lugar no
ranking da insegurança alimentar registrando 23,7%, um número preocupante
colocando o estado em uma das situações mais críticas do país.
Para Jacob a Embrapa é responsável por gerar
tecnologia para o homem do campo, mas sozinha ela não consegue alcançar maior
número de agricultores. A parceria entre o Governo do Estado e a Embrapa vai
levar a biofortificação de alimentos a centenas de agricultores que precisam.
“Essa parceria é fundamental para gerar
tecnologia e o governo do Maranhão por meio da SAF vai desenvolver os alimentos
biofortificados como uma política pública no estado, que irá melhorar a
produção, renda do produtor e dar a ele segurança alimentar”, disse
Adelmo Sores, secretário da SAF.
A agricultora familiar de Alto Alegre do
Maranhão, Lucia Carvalho, contou a experiência que está tendo com a produção de
batata doce biofortificada. A agricultora levou para comercializar na Agritec
produtos que ela mesma produz em sua propriedade no município, como doces de
batata doce com amendoim, com castanha do Pará e caju.
“Iniciei a produzir batata doce
biofortificada em minha área e é um grande alimento de valor nutricional
elevado. As pessoas têm um certo preconceito com essa tecnologia por achar que
é um produto transgênico, mas não é. A Agritec está dando oportunidade para que
nós, pequenos produtores exponhamos nossos produtos e de tornar esse alimento
mais produzido no Maranhão,” enfatizou a agricultora.
Mais sobre a biofortificação
A biofortificação consiste em um processo de
cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivos. O
processo também é conhecido como melhoramento genético convencional. No
melhoramento genético convencional uma planta é cruzada com outra da mesma
espécie, não ocorrendo incorporação de genes de outro organismo ao genoma da
planta, sendo necessário a realização de repetidos cruzamentos até atingir o
cultivar melhorado desejado. Somente na transgenia ou engenharia genética é que
se incorporam genes de outro organismo no genoma da planta.
è uma pena que que o senhor Benedito Moura querendo ser o pai da criança,estragou a festa , boicotando a exposição de animais junto aos expositores do Piuai e do Maranhão,Parabéns Benedito Moura pela sua infeliz atitude, .Más, leo coutinho gosta é desse tipo de camaleão.Belfor neles Leo Coutinho