Quando digo que o problema do governo Léo
Coutinho é de gestão, e não de falta de recursos, falo isso por conta dos incontáveis
casos em que a máquina administrativa não funciona a contento por ações simples
e que não precisam necessariamente de dinheiro.
Todos em Caxias tomaram conhecimento de um
socorro financeiro realizado pelo governo Flávio Dino ao setor da saúde do município.
Foram R$ 5 milhões depositados na conta da Prefeitura de Caxias no último dia
11, de um total de R$ 9 milhões. O restante desse convênio (R$ 4 milhões), será
depositado no próximo dia 10 de abril.
Pois bem, com todo esse recurso disponível para
sanear as contas da debilitada Saúde tupiniquim, o governo Léo Coutinho não
conseguiu socorrer 20 pais e mães de famílias que sofrem há 5 meses sem receber
seus salários.
“Sabá, nós temos famílias, temos que comprar
livros e alimentação para nossos filhos, mas estamos vivendo numa situação de
desespero”, relatou-me um dos 20 servidores do Samu que há cinco meses
trocaram a alegria de um emprego pelo sofrimento e a humilhação de trabalharem
de graça para o município.
Não são poucos os problemas existentes no
Serviço de Atendimento Médico de Urgência – Samu/Caxias.
Salários atrasados, diárias que demoram
meses para serem pagas e veículos sem combustível que emolduram a decadência de
um serviço de suma importância para milhares de caxienses.
Caso fosse um ser humano, diria-se que o nosso
Samu sofre de algum mal crônico, dada a quantidade de sintomas que tem
apresentado desde que Léo Coutinho sentou na principal cadeira do Palácio da
Cidade.
A agonia da vez no Samu caxiense faz com que 20
servidores do setor (condutores, técnicos e auxiliares de enfermagem),
trabalhem num regime análogo a escravidão, haja vista que não recebem salários.
“Já recorremos a presidente da Câmara, ao
Berilo e a Alessandra Daniel, mas só nos fazem promessas que o problema será
resolvido logo”, protesta um dos servidores que procuraram o blog.
“Imagino que caso o Berilo, a Josvalda e a
Alessandra ficassem sem salários durante cinco meses, e sendo essa a única
fonte de renda deles, como fariam para sobreviver”, questiona um
sem-salário do Samu.
No tempo da escravidão, os negros só podiam
sair da condição de propriedade dos seus senhores de duas formas: uma era pagando
a sua alforria, o que para esses 20 servidores do Samu é como piada e a outra
maneira que os negros tinham para ganhar a liberdade era fugindo das senzalas.
Em Caxias, os 20 valorosos sem-salários do Samu
não podem pagar por uma hipotética alforria e muito menos fugir das correntes
da esperança de receberem seus salários.
A paralisação prevista para esta quinta-feira,
26, será o tudo ou nada para esses desamparados.
Será que Léo Coutinho finalmente ficará sensibilizado
com a situação?!
Se for verdade o que você diz, concordo com o comentário. De fato, um servidor deve receber seu salário pelo serviço que presta. E em se tratando de um servidor do SAMU, ai é que deve mesmo. Tem alguma coisa nisso tudo, e deve ser mesmo questão administrativa. 5 meses...sinceramente, não estou nem acreditando. Onde anda o Vinicius?