Os leitores estão cansados de ouvir e ler em
análises dos mais diferentes tipos sobre a similaridade da atual eleição
presidencial e o pleito de 1989.
Vou falar da minha experiência do período.
Lembro da emoção daquela eleição em que
disputavam Lula, pelo Partido dos Trabalhadores e Fernando Collor, pelo Partido
da Reconstrução Nacional.
Naquela época não existia internet, os
jornais eram acessíveis a poucos e ficávamos quase sempre atrelados ao horário
eleitoral e as nossas próprias convicções sobre o quadro político para podermos
escolher o nosso candidato.
Ainda um jovem, passava o dia nas praças, nos
comércios e em qualquer lugar onde se discutia política para defender a
candidatura de Lula, que era o representante das mudanças, contra o
representante das oligarquias regionais, Fernando Collor de Mello.
Com Lula derrotado, lembro-me do sentimento
de frustração que se assolou em mim, na maioria dos meus familiares e nos
amigos mais próximos. Não conseguimos realizar o sonho daquela geração e assistimos
Fernando Collor assumir a Presidência da República e mergulhar o país no
descrédito com o início do processo de impeachement e consequente cassação do seu
mandato em 1992.
Hoje, com a derrota de Aécio Neves, sinto o
mesmo sentimento daquele distante 1989. Só que agora, ao contrário daquela
época, Lula, e o PT, encarnam o Collor de 89, que, aliás, estão agora ligados
umbilicalmente.
O PT de 2014 aliou-se a Collor, Renan
Calheiros, José Sarney, Jader Barbalho e demais oligarcas do Brasil.
Mas, como em 1989, levanto a cabeça e
continuo acreditando nos mesmos ideais daquele ano e votando com as mesmas
convicções que tenho da política como instrumento de melhoria da qualidade de
vida de nossa sociedade.
Foi uma campanha sórdida encampada pelo PT,
em que o terrorismo político foi usado como instrumento de convencimento de
eleitores.
As mentiras plantadas e os ataques contra os
adversários mostraram do que o Partido dos Trabalhadores é capaz para se manter
no poder.
É hora de seguir adiante e respeitar a
vontade soberana do eleitor brasileiro.
E viva a democracia!
Chuuuuupa!!