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O fim de uma história! Tradicional no atendimento a doentes mentais em Caxias, Escola Maria Luiza deixa de atender deficientes

6.3.15
Escola Maria Luiza deixa de ser um “porto seguro” para pais de deficientes

Pais de alunos deficientes mentais em Caxias perderam neste ano uma grande conquista existente há mais de três décadas na cidade, a Escola Maria Luiza.

Prédio do antigo Hospital Dia está em ruínas
Localizada no bairro Vila Arias, a escola foi criada em 1982 pela boa ação do então prefeito Numa Pompilio.

Pai de uma criança portadora da síndrome de Down, Numa Pompilio resolveu fazer uma escola voltada para o atendimento não só de crianças com Down, mas de todo tipo de deficiência mental.

Levando o nome da sua esposa, nos últimos 33 anos a Escola Maria Luiza foi um porto seguro para centenas de pais que tinham na unidade educacional a garantia de transporte de seus filhos desde a residência, atendimento pedagógico adequado de acordo com a deficiência, atendimento médico e um carinho todo especial do corpo de funcionários.

Com o pretexto de seguir normas da Lei da Inclusão, que determina que portadores de deficiência mental devem ser educados na escola regular, o município de Caxias retirou da Escola Maria Luiza o caráter de atendimento a doentes mentais, tornando-a uma escola regular.

Mais de R$ 380 mil reais somente em dezembro / Apae de Caxias 
não teve a mesma ‘sorte’ das demais entidades 
que tratavam deficientes
Com isso, das mais de 150 crianças com deficiência matriculadas no ano passado, apenas 3 delas se inscreveram neste ano, sendo que outras 20, sem nenhum tipo de problema mental, foram aceitas neste ano.

A medida deixou dezenas de pais desesperados, pois a tranquilidade e a certeza de um lugar apropriado para seus filhos acabou, deixando o medo e a insegurança no lugar.

Sabá, como é que vou matricular meu filho numa escola regular, onde ele será certamente vítima de bullying dos colegas?”, questiona uma mãe que não quis se identificar, moradora do bairro Ponte que pensa em deixá-lo em casa por medo dele ficar entre crianças que não entenderão sua deficiência. “No Maria Luiza a gente ficava tranquila, pois eles vinham buscar e deixar o menino, que chegava em casa tranquilo, feliz e ansioso pela chegada do carro para levar ele do volta para lá no dia seguinte”, conta a mãe que está desnorteada com a situação.

Demonstrativos de pagamentos feitos a Apae no final de 2014

O desmantelamento da rede de atendimento a doentes mentais em Caxias não começou agora. No final de 2012 e início de 2013, entre a eleição e posse do prefeito Léo Coutinho, o Hospial Dia, referência no Maranhão para atendimento de doentes mentais, foi descredenciado do SUS e hoje está com suas instalações em ruínas.

Com médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos e toda uma equipe multidisciplinar, a unidade de Saúde foi fechada abruptamente.

No Hospital Dia, dezenas de doentes mentais chegavam pela manhã, faziam trabalhos educativos, atendimento médico especializado, lanchavam, almoçavam, eram medicados e voltavam pra casa no final do dia.

Mas se por um lado o município de Caxias praticamente destruiu dois importantes alicerces no atendimentos a pessoas com deficiência, por outro está concentrando recursos públicos numa entidade privada como nunca fez antes. 

A APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, em Caxias, está recebendo dinheiro como nunca recebeu em toda sua história.

Para não irmos muito longe, somente no mês de dezembro de 2014, a APAE caxiense recebeu a bagatela de R$ 384.053,29 (trezentos e oitenta e quatro mil, cinquenta e três reais e vinte e nove centavos) a título de “referente aos serviços de saúde para realização de procedimentos com finalidade diagnóstica, clínicos e cirúrgicos de acordo com tabela unificada de procedimentos do SUS” feito pela Prefeitura de Caxias.

Os recursos obedeceram a seguinte sequência de pagamento:

Em 01/12/2014 a quantia repassada foi de R$ 154.913,64 (cento e cinquenta e quatro mil, novecentos e treze reais e sessenta e quatro centavos).

Já no apagar das luzes de 2014, exatamente no dia 30 de dezembro, com a mesma finalidade de “serviços de saúde para realização de procedimentos com finalidade diagnóstica, clínicos e cirúrgicos”, a APAE foi contemplada com dois pagamentos robustos, sendo um de R$ 138.009,90 (cento e trinta e oito mil, nove reais e noventa centavos) e outro mais ‘modesto’ de R$ 91.129,75 (noventa e um mil, cento e vinte e nove reais e setenta e cinco centavos)

Controlada em Caxias pelo ultra-governista vereador Jerônimo Ferreira, a entidade nunca foi tão ‘reconhecida’ pelo poder público municipal como agora.

Não consigo entender os critérios usados pelo governo Léo Coutinho para distribuição dos recursos públicos destinados a pessoas com deficiência, mas que ele tem feito a alegria de poucos em detrimento a de muitos, com certeza ele fez.

Enquanto isso, dezenas de crianças estão deixando de frequentar uma escola renomada e apropriada para o atendimento de deficientes, deixando pais e mães preocupados com a qualidade de vida dos mesmos.

Não custa nada lembrar o slogan do atual governo: “Pode Arrochar!!!”

13 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    “Bunito”, a escola tradicional sendo jogada as traças e o hospital dos deficientes idem, mas a apae do gerê indo de boa. Léozinho, pode arrochar, que vc sabe agradar quem lhe serve...

  1. Anônimo disse...:

    $$$ 380 paus por mês pra APAE???? Tá explicado porque é que o gerônimo é o único vereador que defende o prefeito na câmara. Também, com uma ajuda desssas...

  1. Anônimo disse...:

    E a "fundação" do homem que não faz nada de graça pra ninguém??

  1. Anônimo disse...:

    Quanto é que custa postar meu comentário? Manda AG e número de conta macho.

  1. Anônimo disse...:

    O negocio é comigo, não é com o homem ou com a fundação. Manda macho!

  1. Anônimo disse...:

    Cuspiu no prato que comeu, ingrato! quem seria tu se não fosse a didi? Com certeza o Ronaldo Chaves deve está ti aplaudindo, poltrão nefasto.

  1. Anônimo disse...:

    Não vai mesmo postar meu comentário, não é? Deixa estar, te pego uma hora dessas, no caminho da vida.

  1. Cláudio Sabá disse...:

    Que comentário, amigo? Vai “me pegar uma hora dessa no caminho da vida”? Isso é uma ameaça? O serviço de inteligência do blog já tem pistas sobre sua identidade. Esquenta, não. O timbre de sua voz não bota medo em mim e nem em ninguém.

  1. Anônimo disse...:

    Não se trata de ameaça cabra! Quando se quer fazer, nesse caso, não se anuncia. Faz logo! E deixa de ser besta que tu vale pouco no contexto. Quem é mesmo que vai se sujar com o que pouco vale?

  1. Cláudio Sabá disse...:

    Pois não é mesmo, caro anônimo! Meu valor pode ser pequeno, mas nem tão pequeno assim, pois você perde seu precioso tempo fazendo comentários tolos neste blog.

  1. Anônimo disse...:

    São tolos, mas você não posta. Aquele bem gradão que fala das famílias Marinho e Coutinho, você engavetou. Engavetou porque ele bate bem na cutuba. Tu quer ser blogueiro, mas respeita os valores democráticos. Faço como Dr. Pimpolho: vá se f...meu.

  1. Anônimo disse...:

    Sabá, tô dando razão a esse internauta aí. Tu tens mesmo a mania de não publicar alguns comentários que enaltecem a familia Coutinho. Qual é o teu problema com o poder?

  1. Cláudio Sabá disse...:

    Eu quero ser blogueiro??? Agora você sabe porque nem todo comentário idiota eu permito aqui, né?! Pelo jeito você é um desses bajuladores rasteiros, pois pelo texto se percebe como nem equilíbrio emocional, mesmo estando na covardia do anonimato, tu tens. Passar bem, meu caro.

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