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'Crimes graves ocorreram', diz Flávio Dino sobre teor da delação de Mauro Cid à Polícia Federal

23.9.23

Ministro da Justiça e Segurança Pública teve uma reunião e depois participou de uma missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo.

Flávio Dino no Santuário Nacional de Aparecida — Foto: Juliana Sever/TV Vanguarda

G1 - O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que "crimes graves ocorreram" ao falar sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que disse à Polícia Federal que o então presidente Bolsonaro discutiu com comandantes das Forças Armadas a possibilidade de um golpe de estado.

A informação sobre a delação foi revelada pelos jornalistas Bela Megale, no jornal O Globo, e Aguirre Talento, no UOL.

Dino comentou sobre o teor da delação nesta sexta-feira (21) em visita ao Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo. Para ele, a delação premiada é "um documento comprobatório muito forte" e um meio de produção de provas importante.

"A PF de modo independente está fazendo a sua parte, depois a Justiça julga. Mas infelizmente a essa altura já é possível vislumbrar que infelizmente muitos crimes graves ocorreram, inclusive essa preparação de um crime que seria um golpe de Estado. Então realmente é algo impactante", afirmou.

Segundo a apuração que revelou o teor da delação, Mauro Cid disse que, em 2022, o ex-presidente, Jair Bolsonaro, se reuniu com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar para discutir detalhes de uma minuta que abriria a possibilidade para uma intervenção militar.

Se tivesse sido colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil.

O ex-ajudante de ordens de Bolsona falou em depoimento na delação premiada, fechada com a Polícia Federal. De acordo com a reportagem, o militar afirmou aos investigadores que participou da reunião.

Cid relatou ainda que o "então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente". Já o comando do Exército afirmou que não embarcaria no plano golpista.

Agenda no santuário

Flávio Dino chegou em Aparecida por volta das 11h. Ele foi recebido pelo reitor do Santuário Nacional, concedeu uma entrevista para a TV Aparecida, e participou de uma missa, que começou às 12h.

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