Colocação de entulho garante o aterramento da área
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Em 04 de maio de 2015, com o título “Crime ambiental afronta autoridades em
Caxias – Riacho São José sofre (mais um) grave dano ambiental”, este blog
denunciou o intenso trabalho de destruição do Riacho São José (reveja aqui).
Na postagem feita em 2015, mostramos a tentativa de “entupir” o riacho, uma vez
que a colocação de entulho nas suas margens, na altura da Rua do Matadouro,
próximo ao centro da cidade, é um flagrante de crime ambiental feito em plena
luz do dia há vários anos.
Na época que o Blog do Sabá trouxe o
assunto para reflexão de todos, o prefeito de então, Léo Coutinho, nada fez
para frear o dano ambiental, sendo que apenas o vereador Luís Lacerda registrou
o assunto na tribuna da Câmara pedindo providências que nunca foram feitas.
Veja trecho da matéria publicada em 2015:
O
flagrante do crime ambiental não está sendo feito na calada da noite em um
lugar de difícil aceso, mas a luz do dia e com todo mundo assistindo ao vivo e
a cores.
O
caso já acontece há alguns meses, mas nos últimos dias o autor, ou os autores,
estão destruindo as margens do riacho a todo vapor.
Antes
da ponte sobre o riacho localizada no início da Rua do Matadouro, na via que dá
acesso a Vila Arias e ao residencial Sabiá, alguém joga entulho de construções
a fim de aterrar uma grande área próxima a margem direita do riacho.
Mas
não se trata de aterramento até o limite permitido por lei, que é de 30 metros
da margem, mas sim a coisa de 5 ou 6 metros do combalido riacho.
Primeiro,
o autor da façanha aterrou uma área onde fez uma construção que tanto pode ser
usada como garagem ou como comércio.
Como
nenhuma autoridade fez nada, o insensível continuou com seu trabalho de
“entupir” o riacho.
Há
cerca de 20 dias, uma considerável quantidade de entulho foi colocada próximo a
margem direita do riacho a espera de um trator para empurrar o material, o que
acabou acontecendo na última sexta-feira, dia 1º.
Na postagem de 2015, citei o Código
Florestal e o que o mesmo estipulava como área de preservação nas margens de
rios:
Considera-se
área de preservação permanente nas margens de rios e riachos, sendo eles de
menos de 10 metros de largura (onde se enquadra o riacho São José), de 30
(trinta) metros.
A estratégia usada em 2015, de colocar
entulho nas margens do riacho para garantir uma edificação no futuro, continua
a todo vapor e avançando cada vez mais em direção àquele que um dia teve tanta
importância, mas que agora é apenas um agonizante veio d’água.
O Riacho São José, juntamente com o Riacho
do Ponte, são considerados pelos caxienses como patrimônio cultural, uma vez
que faz parte da vida de várias gerações que tinha nas suas águas perenes e límpidas
a alegria nos finais de semana.
Nesta segunda-feira, 09, a Câmara
Municipal realizará audiência pública para debater o meio ambiente.
Será uma ótima oportunidade, e talvez a
última, para que a agressão ao Riacho São José chegue ao fim.
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