E teve marmelada, sim
senhor!!!
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Em meio a patuscada encenada pelo deputado
Waldir Maranhão na manhã desta segunda-feira, 09, que chocou o Brasil ao tentar
anular o processo de impeachment da presidente Dilma, os caxienses tiveram horas
depois, na sessão da Câmara, um espetáculo circense protagonizado pela maioria
governista na Câmara Municipal.
Tendo que apreciar o pedido de instalação de
comissão processante feito pelo jornalista Ricardo Rodrigues contra o prefeito Léo
Coutinho, por conta da doação de uma bomba de água do SAAE sem o consentimento
da Câmara, os vereadores caxienses fizeram bem o papel para o qual se
propuseram a fazer em obediência ao deputado Humberto Coutinho.
O caso da doação da bomba de água do SAAE
caxiense para a cidade de Bacabal foi denunciado em primeira mão pelo blog do
Sabá, bem como as alegações contidas no requerimento enviado à Câmara pelo
jornalista Ricardo Rodrigues também basearam-se nas postagens desta página
eletrônica.
Após a leitura do pedido de abertura de
comissão processante, que tinha como objetivo ouvir o prefeito e apurar todas
as possíveis irregularidades no procedimento de doação, e antes da votação pela
admissibilidade ou não da denúncia, a presidente da Casa do Povo leu um parecer
apontando incoerências no documento enviado à Câmara por Ricardo Rodrigues.
Na votação nominal, a tropa de choque governista,
devidamente amestrada pela assessoria palaciana, presenteou o público presente
com um espetáculo circense.
Arrostando um suposto entendimento jurídico,
um a um os palacianos se dedicaram a um único argumento, o de que o prefeito só
seria impedido de doar ou emprestar bens imóveis, e não móveis, como seria o
caso da bomba de água em questão.
Como se não fosse pouco, tolo e inadmissível,
o vereador Jerônimo Ferreira disse que a bomba de água não foi doada,
mas sim, “emprestada”. Jerônimo citou até um oficio enviado pelo SAAE de
Bacabal para a autarquia caxiense, supostamente datada de 15 de março, em que
pedia o tal equipamento e que o mesmo teria sido devolvido por não ser compatível
com o sistema bacabalense.
Não precisa ser especialista em equipamentos de
distribuição de água para saber que a história contida nesse suposto ofício
não se sustenta, pois se fosse verídica, tanto os profissionais do SAAE de
Bacabal, como os de Caxias, teriam que ser demitidos imediatamente, haja vista
que os de lá não conseguiram especificar o tipo de bomba de água que precisavam
e nem os colegas de cá detectaram que tipo de bomba seria adequada para
socorrer os bacabalenses.
Outra, quem pediu a bomba de água ao deputado
Humberto Coutinho foi o colega Roberto Costa, inimigo político do prefeito de
Bacabal e que fez isso para capitalizar eleitoralmente diante do desgaste que a
falta de água está provocando naquela cidade, não tendo, portanto, nenhum
sentido a alegação de que se tratou de um pedido de cooperação feito entre as
duas autarquias.
Não custa lembrar que Roberto Costa foi
enfático durante discurso na tribuna de que “não se tratou de empréstimo, mas
sim doação da bomba de água” (reveja o caso aqui,
aqui e aqui).
A bancada governista, com exceção da
presidente Ana Lúcia Ximenes, que só vota em caso de empate, votou em peso
contra a admissibilidade da denúncia.
Os valorosos membros da bancada oposicionista
, Catulé, Benvinda, Luis Carlos Ximenes e Fábio Gentil, votaram e justificaram
o votou pela admissibilidade da denúncia.
Com isso, os vereadores atrelados ao Palácio
da Cidade deram uma carta branca para o prefeito doar qualquer bem
pertencente ao povo de Caxias.
O vereador Catulé, sabendo que na Câmara
Municipal é pouco provável que se consiga qualquer vitória relativa aos atos
praticados pelo prefeito, sejam eles ilegais ou imorais, mirou suas baterias
contra um dos promotores em Caxias, “que é aliado do prefeito e so falta vir aqui
para fazer parte da base do prefeito nesta Casa”.
Quando titular da 1ª Promotoria de Caxias, a
promotora Carla Mendes era célere em agir em casos como esse da doação da bomba
de água do SAAE, o que não é visto, nem de longe, no atual ocupante do cargo.
Enquanto isso, os vereadores governistas
deram provas inequívocas de que estão com o prefeito Léo Coutinho para o que
der e vier.
E que estão dispostos a pagar qualquer preço pela
aliança com o Palácio da Cidade.
Só resta ao eleitor cobrar do seu
representante a defesa dos interesses da sociedade.
O dia 02 de outubro é uma data perfeita para
esse acerto de contas...
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