Mais
de 25 mil pessoas estiveram no Parque de Exposição Walter Zaidan, entre 28 e 30
de abril, em Codó, para participar da 1ª Feira de Agricultura Familiar e
Agrotecnologia do Maranhão (Agritec), em 2016. O evento proporcionou à
população de Codó e municípios vizinhos serviços de retirada de documentos
pessoais, emissão de Cadastro Ambiental Rural (CAR), capacitação dos
agricultores, troca de experiências e compartilhamento de tecnologias fáceis e
de baixo custo para incrementar a produção do homem do campo.
“É um
momento que os produtores mostram o fruto do seu trabalho. Nós organizamos as
políticas públicas de apoio ao crescimento das atividades produtivas e
discutimos os problemas de cada região. O Governo presta contas do que vem
fazendo em favor do desenvolvimento regional, de modo que essa foi uma inovação
do nosso Governo que veio para ficar”, destacou o governador Flávio
Dino, que durante a Feira entregou títulos de terra para as famílias da
Associação dos Pequenos Produtores Rurais do povoado Riacho Seco, que possui
1.517 hectares e beneficiará 32 famílias codoenses.
Cerca
de 1200 agricultores foram capacitados durante a Feira, e centenas de pessoas
participaram de seminários. Alguns dos destaques da programação foram a mostra
de ‘quintais produtivos’ para as comunidades rurais, assim como cooperativismo
e associativismo, os debates sobre ‘Questões Fundiária e Acesso à Terra’,
Crédito rural como instrumento de desenvolvimento econômico e social, Mercado
institucional, além de diversos cursos voltados para o desenvolvimento rural.
Os
espaços de comercialização de produtos garantiram um volume de negócios de R$
492 mil, sendo 432 mil referentes a contratos firmados entre instituições
financeiras e agricultores familiares e R$ 60 mil apenas em comercialização
dentro da feira, incentivando a economia local. Os agricultores familiares
negociaram animais e produtos, como frutas, hortaliças, artesanato e derivados
do coco babaçu; e comerciantes, fornecedores de serviços e empresários da rede
hoteleira também ganharam com o acontecimento inédito na região.
O
Banco do Nordeste (BNB) assinou contrato de R$ 132 mil para beneficiar 33
famílias e o Banco do Brasil firmou 80 contratos no valor de 300 mil reais,
beneficiando 120 agricultores familiares.
A
agricultora familiar, Francinalda da Silva, do Povoado Bela Vista, nos três
dias de feira vendeu mais de R$ 600 de sua horta. “Estou feliz em vender milho que é
fruto de meu trabalho. Não participei dos cursos, mas estou expondo minha
produção e comercializando para sustentar minha família”, disse.
A
Prefeitura de Codó comprou, por meio do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (Pnae), os produtos da agricultura familiar que não foram vendidos
durante a feira, em um total de seis toneladas. Dentre eles, abóbora, feijão,
batata, macaxeira, quiabo, farinha, alface, couve, cheiro verde, tomate, puba,
arroz, limão, vinagreira, mamão, tapioca, biscoito de mesocarpo, banana,
pepino, servirá de alimento para estudantes da rede municipal do município de
Codó.
De
acordo com o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, a
realização da Agritec demonstra que a atenção com a agricultura familiar é
fundamental para o desenvolvimento sustentável do estado. “Para haver desenvolvimento para
todos é fundamental que, no Maranhão, cuidemos da agricultura familiar e do
extrativismo, que são o caminho certo para incluir as pessoas no progresso, no
desenvolvimento e no crescimento da economia”, afirmou.
“Queremos
que a Agritec continue sendo feita no Maranhão, não tem estado forte sem a
Agricultura Familiar”, disse o presidente Federação dos Trabalhadores e
Trabalhadoras da Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema), Chico Miguel,
representando todos os movimentos sociais que no evento expuseram seus produtos
e participaram das capacitações.
Serviços
As
secretarias de Estado prestaram diversos serviços à população durante os três
dias de evento. O viva Cidadão, após a Agritec vai continuar na cidade
realizando os atendimentos de emissão de RG e CPF até 06 de maio na Escola
Luzenir Mota Ramos, bairro São Sebastião, Codó. Durante a Feira o Órgão emitiu
1.097 documentos.
Durante
a Agritec, a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp)
emitiu 40 Cadastros Ambientais Rurais (CARs) e expôs vitrine tecnológica de
meliponicultura e apicultura e também curso de criação racional de abelhas.
Tiveram ainda participação das Regionais de Chapadinha que trouxe o artesanato
de madeira do município de Brejo. A Regional de Codó participou como realizadora
e trouxe também o Projeto Biofort e Projeto do Menor desenvolvido pela equipe
em Coroatá. Além das vitrines a Agerp deu palestra sobre mercado Institucional
como instrumento da Agricultura Familiar ministrado pela equipe técnica de São
Luís.
O presidente
da Agerp, Júlio César Mendonça, enfatizou a importância do processo de
transformação da realidade no meio rural proporcionado pela Agritec: “Todo
o Sistema SAF vem atuando a cada edição como agente responsável pela mudança,
levando tecnologia para as famílias rurais. Vamos colaborar para que o
agricultor produza cada vez mais e melhor, prestando assistência técnica
atuante e de qualidade”.
A
Secretaria de Estado de Trabalho e Economia Solidária (Setres) emitiu 80
carteiras de trabalho. A Secretaria de Meio Ambiente entregou 100 Cadastro
Ambiental Rural, que é uma ferramenta utilizada para auxiliar o processo de
regularização ambiental de propriedades e posses rurais. O Projeto ‘Fazendo
Educação’, desenvolvido pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do
Maranhão (Aged), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Pecuária
(Sagrima), foi um dos destaques na programação da primeira Agritec no município
de Codó.
Além
disso, 32 famílias da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado Riacho
Seco, foram beneficiados, por meio do Instituto de Colonização e Terras do
Maranhão (Iterma) com um título de terra de 1.517 hectares.
A
Agritec é uma realização do Governo do Estado do Maranhão, por meio do Sistema
SAF (composto pela Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), a Agência Estadual
de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp) e o Instituto
de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), em parceria com Embrapa/Cocais,
Sebrae, Prefeitura municipal de Codó e Movimentos Sociais (Aconeruq, Fetaema,
Fetraf-MA, MIQCB e MST).
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