TRETA NA OPOSIÇÃO - Catulé Júnior demonstra insatisfação por atitudes do oposicionista Daniel Barros e deixa claro: “Esse negócio de ser papagaio de pirata não tem o meu apoio”

Catulé Júnior avaliou negativamente a tentativa de apropriação de
movimento que era para ser popular

Parece que a oposição em Caxias não digeriu bem o resultado do movimento feito por alguns moradores do 2º distrito do município que fechou a estrada de acesso a vários povoados daquela região reivindicando melhorias nas suas vias nesta terça-feira, 12.

A tal manifestação, que já era de conhecimento prévio de todos os oposicionistas da cidade, embora tenha tido a sua repercussão durante o dia nas redes sociais, acabou por provocar atritos entre os adversários do prefeito Fábio Gentil.

A participação do vereador Daniel Barros, que esteve no local vestido com a sua capa de super-herói a la Champolin Colorado, recebeu uma dura reprimenda do suplente de deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Caxias, advogado Catulé Júnior.

Embora sem citar o nome do colega oposicionista, Catulé Júnior deixou claro nas entrelinhas que reprovava a sua atitude de querer roubar a cena da manifestação, que tinha a intenção de ser apolítica.

Foi numa bate-papo no aplicativo instagram com a professora Libiane Gonçalves, moradora do 2º distrito, que Catulé Júnior discorreu a criticar a presença de políticos na manifestação, uma vez que ele e o seu pai, o vereador Catulé, embora com forte atuação na região, e mesmo possuindo uma casa no povoado Nazaré do Bruno, recusou vários convites para participar do ato por achar que “é um movimento que nasceu da maneira certa, nasceu de uma insatisfação do povo, nasceu por iniciativa da comunidade e acho que as vezes a participação política partidária de agentes políticos acaba contaminando aquilo que é legítimo, aquilo que é legal”, comentou Júnior.

Intenção é lacrar – Os termos usados por Catulé Júnior, embora tenham sido equilibrados e sem apelação e nem palavras chulas, foram fortes e um claro recado a quem tentou se apropriar da manifestação. “Porque eu acho feio quando político tenta se apropriar daquilo que não lhe é de direito, daquilo inclusive que ele desconhece, de comunidade que ele não conhece, de realidade que ele não conhece, com a finalidade só de ir, usando um termo que é muito comum na internet, que é lacrar, de chegar, bater uma foto, gravar um vídeo”, disse indignado o pré-candidato a prefeito. Os recados, embora de forma indireta para o vereador Daniel Barros, foram muitos e tomaram quase todo o tempo da live desta terça-feira.

Achando feio a forma que Fábio Gentil atua nas redes sociais, “mais de forma caricaturada do que de forma de ações e gestos concretos”, Catulé Júnior emendou mais uma indireta ao colega da oposição: “então como é que eu que quero fazer diferente, quero mudar, e vou fazer a mesma coisa que eu estou criticando?”, questionou.

Externando com veemência a sua insatisfação pela presença de Daniel Barros num movimento que tinha a intenção de ser apolítico, Catulé não economizou nas críticas. “Quando eu faço isso, Libiane, é porque eu não quero mudar coisa nenhuma, eu só quero tirar quem está no poder pra me colocar no lugar dele e isso não é mudança nem aqui nem em lugar nenhum”, asseverou.

Inspirado e profundamente incomodado com a atitude do vereador oposicionista, Catulé Júnior não economizou ao descarregar sua metralhadora de críticas. “Esse negócio de ser papagaio de pirata, de chegar pra querer passar uma noção errada paras as pessoas de que eu sou uma liderança, que eu estou participando daquele movimento, que eu tô apoiando aquele movimento, não tem o meu apoio e eu critico seja da situação, seja da oposição”, disparou.

Um personagem – Ao avaliar que não se consegue resolver problemas construindo um personagem, Catulé Júnior parece jogar mais lenha na fogueira e se dirige a figura do vereador Daniel, embora sem citar o seu nome, que “a gente não conserta nada fazendo de maneira equivocada querendo construir um personagem, querendo construir uma realidade que não existe pra poder, as vezes, confundir as pessoas, fazer as pessoas ter um pensamento diferente daquilo que realmente é como verdadeiro”.

Forçando a barra – Mostrando-se preocupado quando alguém “quer ser candidato a todo custo, é obstinado no sentido negativo da palavra, de forçar a barra, de querer por querer, aí essa pessoa deixa logo claro que seu projeto é pessoal, que seu projeto é de poder e a cidade, em nenhum momento, está sendo colocada em primeiro plano e sim os seus projetos pessoais, os seu anseios e aí eu acho que esse não é o caminho”.

Atuação teatral - Ao final da transmissão ao vivo no instagram, o pré-candidato refletiu que “é muito fácil criticar, é muito fácil falar o que tá errado”, aparentemente dirigindo-se a quem faz o uso das redes sociais sem coerência e sem responsabilidade, no que pode ser mais uma indireta para o autointitulado ‘fiscal do povo’ e teceu novas críticas a quem tenta vender uma imagem. “Eu sou uma pessoa que eu não gosto de estardalhaço, eu sou uma pessoa de certa forma tímido, que não gosto de apapagalhação, que não gosto dessas atuações cênicas, teatrais. Minhas coisas são muito certas, eu gosto de conversar, eu gosto de falar aquilo que eu penso, eu gosto de defender aquilo que eu acho certo, de maneira direta, e aí a gente chama a sociedade pra que a gente faça o debate do que é melhor pra nossa cidade”.

Ao fazer uma análise do movimento reivindicatório no 2º distrito, e mesmo sendo opositor ao prefeito Fábio Gentil, Catulé Júnior deixa claro sua serenidade, articulação e equilíbrio ao abordar a situação seja do ponto de vista administrativo ou político, quando deixa um claro recado aqueles que, na sanha de um projeto de poder, não impõe limites para tentar se aproveitar de um movimento que tinha tudo para ser comunitário, mas acabou contaminado pela presença de atores políticos.

A cada dia fica mais claro quem tem o equilíbrio e a capacidade para conduzir o processo eleitoral pela oposição no próximo ano.

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