Thais Coutinho parece não lembrar o que a gestão Léo Coutinho fez com o Hospital Geral |
Na volta dos trabalhos legislativos do parlamento caxiense, a vereadora Thaís Coutinho, líder da oposição na Câmara Municipal, não economizou nas críticas a reforma e ampliação do Hospital Geral do Município bem como a saúde municipal como um todo.
(Repasse do governo do MA ao HGM em 2016) |
Afirmando
que faltam medicamentos no recém-inaugurado hospital, a vereadora alegou ter
recebido essa informação de profissionais daquela unidade de saúde que haviam
lhe procurado. “E cada vez mais eu fico horrorizada com o que estão fazendo com
o dinheiro público do município de Caxias”, continuou ela que deixou um recado
à população: “Digo ao povo de Caxias que continuarei fazendo meu papel com
muita responsabilidade com o dinheiro público”, prometeu a parlamentar.
Disposta
a continuar querendo saber a destinação do dinheiro público de Caxias, bem que
a vereadora poderia vasculhar um caso recente ocorrido na área da saúde
envolvendo o mesmo Hospital alvo central do seu discurso nesta segunda-feira
(12) e que tem potencial para ser um grande escândalo.
Em 2016,
quando a destruição da saúde de Caxias caminhava a passos largos para o caos
total no setor, e com o município tendo uma maternidade conhecida nacionalmente
como “maternidade da morte”, o HGM foi fechado, o que serviu para piorar o
quadro.
Situação que o prefeito Léo Coutinho deixou o HGM no
final de sua gestão e que Thais Coutinho defendia na Câmara |
Apesar
do caos na saúde do município em 2016, antes do fechamento do Hospital Geral da
cidade, a gestão Léo Coutinho recebeu do governo do Maranhão, por meio do
Programa Saúde Para Todos, a bagatela de R$ 7.850.696,70 (sete milhões,
oitocentos e cinquenta mil, seiscentos e noventa e seis reais e setenta
centavos) Como apoio ao município na área da saúde, conforme publicado neste
blog em 14 de dezembro de 2016 (reveja aqui).
No mesmo
ano que recebeu tão vultuosa quantia, com o HGM caindo aos pedaços (como as
imagens que ilustram esta postagem deixam claro), a gestão do primo da
vereadora Thaís Coutinho deu mais uma demonstração de como não se deve proceder
na aplicação do dinheiro público na área da saúde.
Situação que o prefeito Léo Coutinho deixou o HGM no
final de sua gestão e que Thais Coutinho defendia na Câmara |
O atual
esposo da vereadora oposicionista era o secretário adjunto na época que quase
R$ 8 milhões de reais foram destinados para manutenção do HGM. Ocupando tão
estratégico cargo, certamente seu cara-metade deve ter importantes pistas sobre
a destinação dessa quantia milionária, o que pode elevar a estatura política de
Thais Coutinho ao desvendar o escândalo dos milhões que poderiam ter deixado o
Hospital Geral um orgulho para Caxias e o fizeram o retrato mais bem acabado da
passagem da família Coutinho pelo comando do município.
Situação que o prefeito Léo Coutinho deixou o HGM no final da gestão e que Thais Coutinho defendia na Câmara |
Na maratona
de inaugurações feitas recentemente no município, o prefeito Fábio Gentil
vaticinou em seu discurso durante a entrega do calçamento das ruas próximas ao
Parque da Cidade, que a oposição iria logo procurar um defeito nas suas ações. “O
que eles vão procurar agora é andar na rua em busca de um bloquete quebrado,
vão passar lá no hospital pra saber se uma lâmpada tá queimada”, disse o gestor
como que prevendo o caráter pessimista da oratória oposicionista. “O momento é
de união, é de fraternidade”, ponderou ele.
Bem, mas
se Thais Coutinho não fizesse o papel que está fazendo na Câmara Municipal, certamente
aquele ambiente seria dos mais monótonos e não veríamos a diversão dela ao
fazer críticas a atual gestão, mas notadamente na área da saúde, quando seu
primo proporcionou o caos no setor e ela o defendia fervorosamente naquele
triste período da história de Caxias.
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