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Com apoio de Weverton e dos “históricos”, PDT lança Câmara à Prefeitura de São Luís

15.6.24
Weverton Rocha avalizou e o PDT confirmou a candidatura
de Fábio Câmara à Prefeitura de São Luís

O PDT bateu martelo. Com as bênçãos do senador Weverton Rocha, chefe maior da legenda, e da velha guarda do brizolismo maranhense, o ex-vereador Fábio Câmara será o candidato do “socialismo moreno” à Prefeitura de Luís. A martelada foi dada ontem, numa espécie de pré-convenção partidária, na qual Fábio Câmara foi ungido à condição de candidato do PDT sem qualquer resistência ou concorrência. A escolha do agora pré-candidato está formalizada e a candidatura deverá ser confirmada na convenção do partido, que acontecerá no final de julho ou no início de agosto. Além de vereador, Fábio Câmara foi, sem sucesso, candidato do MDB ao Palácio de la Ravardière em 2020 e a deputado federal em 2022.

A candidatura do ex-vereador Fábio Câmara ganha certo lastro porque foi construída num cenário de incertezas. Diante do fato de o PDT não contar com quadros de peso para escolher um candidato viável à Prefeitura de São Luís, Fábio Câmara, cujo projeto inicial era ser candidato a vereador com nítidas chances de eleição, abriu o caminho que o levou à pré-convenção de ontem. Ele procurou todos os segmentos do partido, mostrou seu projeto eleitoral, até chegar na instância máxima de decisão do PDT: a palavra do senador Weverton Rocha, que lhe abriu o caminho para viabilizar seu projeto de candidatura. E com um senso aguçado de oportunidade, entrou nos meandros do partido para costurar a sua caminhada em direção à Prefeitura da Capital.

No contexto ludovicense, Fábio Câmara transformou-se numa espécie de tábua de salvação do PDT, que vem definhando sem parar desde a morte do governador Jackson Lago, quando o partido caiu nas mãos do prefeito Tadeu Palácio, que o dizimou como agremiação partidária, tornando-o uma legenda sem força nem prestígio na maior e mais importante cidade do Maranhão, seu berço de origem. Em 2020, o PDT não lançou candidato próprio a prefeito, preferindo entrar com o candidato a vice numa fracassada aliança com o então DEM, hoje União Brasil, em torno da candidatura do deputado Neto Evangelista, que ficou em terceiro lugar. No segundo turno, apoiou a candidatura vitoriosa de Eduardo Braide (Podemos), de quem acabou se afastando. Agora, mais fragilizado ainda na Capital, onde conta apenas com um vereador dos três que elegeu, o partido tenta uma reação com a candidatura de Fábio Câmara.

Numa avaliação do quadro de candidatos, chama a atenção o fato de que, afora o prefeito Eduardo Braide (PSD) e o deputado federal Duarte Jr. (PSB), que medem força numa corrida até aqui polarizada e sem adversários à vista, a disputa para a Prefeitura de São Luís não atrai nomes de peso, como acontece em outros estados. O senador Weverton Rocha poderia tranquilamente ser um candidato competitivo, mas a mosca azul senatorial o encantou de tal maneira que ele acha que a Capital do Maranhão e Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, com 1,2 milhão de habitantes, mil encantos e mil desafios, é um objetivo político e eleitoral menor na sua lista de prioridades. Também o deputado Othelino Neto (Solidariedade), que é ludovicense da gema, não manifesta qualquer interesse pelo Palácio de la Ravardière, preferindo lançar a irmã, a suplente de deputada federal Flávia Alves (Solidariedade), que nem de longe tem o prestígio político do irmão.

Fábio Câmara entra na corrida apostando no seu talento político e no lastro garantido pelo PDT. Sabe que chegar a Duarte Jr. é difícil, e muito mais ainda a Eduardo Braide. Aliados seus, porém, acreditam que ele pode ser o fator de desequilíbrio para levar a disputa para um segundo turno. Será? Outra missão como candidato será incentivar a chapa de candidatos a vereador, com o objetivo de que o PDT volte a ter uma representação à sua altura na Câmara Municipal, superando uma “era” de decadência que quase o levou a ser varrido da política ludovicense.

(Fonte: Repórter Tempo)

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