Caminha com celeridade as investigações sobre a motivação e os autores das criminosas pichações realizadas em Caxias no último final de semana.
Após postagem do blog sobre o assunto (reveja aqui) e a divulgação das imagens da ação nas redes sociais, as informações começaram a chegar e confirmaram o que já estava sendo investigado.
Pelo que já foi apurado, um dos autores da empreitada delituosa possui laços de parentesco em Caxias e utilizou dessa relação familiar para se hospedar na cidade durante 2 dias, isso sem consentimento e nem conhecimento dos familiares sobre o que vieram fazer na região.
Pelas imagens obtidas próximo a residência onde ficaram hospedados, os mesmos só saiam da casa já tarde da noite e voltavam na madrugada, horário em que eram feitas as pichações em prédios públicos, particulares e templos religiosos.
As forças de segurança já tem o nome e endereço de 2 dos autores, que residem em São Luís. A partir dessa informação, as investigações passam para a capital, onde as forças de segurança irão focar em dois endereços naquela cidade.
Os criminosos podem ter sido também os responsáveis por terem danificado o sistema de videomonitoramento da cidade, uma vez que cabos de fibra ótica da rede foram cortados e várias câmeras não funcionaram no período do ocorrido.
O titular do blog não irá divulgar o nome e nem as imagens dos autores obtidas nas redes sociais, haja vista que isso pode atrapalhar o desfecho da investigação, que já está próxima de ser elucidada.
Devido a forte repercussão que o assunto teve em Caxias, e com a indignação da sociedade com a falta de respeito dos criminosos, que não pouparam nem os templos religiosos dos ataques, várias entidades políticas, civis e religiosas cobram das autoridades a elucidação do crime.
O prefeito de Caxias, Fábio Gentil, que foi o principal alvo da ação, emitiu uma nota de repúdio sobre o caso, assim como o poder legislativo, onde o vereador Professor Chiquinho também cobrou da autoridade policial os devidos esclarecimentos.
Paulo Marinho Júnior se manifesta e não condena as pichações: ... “as pichações são alertando da falta de saúde, da cidade cansada do descaso...”
Depois da manifestação do ex-prefeito de Caxias Paulo Marinho, o primeiro político oposicionista a se manifestar, insinuando que teria sido o próprio prefeito Fábio Gentil o autor das pichações, o ex-vice-prefeito Paulo Marinho Júnior também tocou no assunto, sendo o segundo oposicionista a fazê-lo.
Marinho Júnior não acusou o prefeito de ter feito as pichações, mas limitou-se apenas a questionar quem mandou e quem executou e até defendeu a motivação das mensagens. “A motivação parece clara, já que as pichações são alertando da falta de saúde, da cidade cansada do descaso com a cidade”, comentou ele na tribuna da Câmara dos deputados e afirmando que irá fazer uma vistoria “in loco” do que foi descrito nas pichações. “E quando a gente vai apurar, quando a gente vai escutar, e eu vou fazer essa vistoria in loco nos próximos dias, são denúncias, são imagens por exemplo, de crianças sendo medicadas no chão no Hospital Geral, no hospital municipal da cidade, no hospital infantil. É a falta de medicamentos, de soro, de equipamentos de saúde no Hospital Geral. É a UPA totalmente jogada...” (Confira pronunciamento de PMJ no final da matéria)
Política suja do passado tenta voltar em Caxias
O jogo sujo da política de pichações está de volta na princesa do sertão e os antigos panfletos apócrifos agora se disseminam com perfis falsos nas redes sociais, com ênfase no aplicativo Instagram, que já conta com mais de 20 perfis sem identidade do autor a abordar de forma criminosa a política caxiense.
Apesar da indignação e revolta provocada por essas pichações, os caxienses puderam sentir um pouco de como era o período de baixaria, perseguição, atraso e greve por falta de pagamento de salários de professores que políticos decadentes proporcionaram na cidade.
Caxias não terá de volta esse passado sombrio, sendo o voto dos caxienses a principal arma contra político que recorre ao jogo sujo para atingir seus objetivos.
CARTAS ABERTAS. Pichações em muros são tão antigas quanto as cidades. Há registro delas nas primeiras urbes da Mesopotâmia. Mudam as motivações. Em regra, mantidas por muito tempo ou apagadas por força de punições dos remetentes, após conhecidas pelo povo -- e se reprimidas, mais ainda --, cumprem sua finalidade. O destinatário que tentar tirá-las age como aquele que busca catar penas lançadas do alto de uma montanha! Prof. Francinaldo Morais, História