O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) voltou ao centro de uma crise política após fazer novas declarações ofensivas contra o Maranhão.
Depois de chamar o estado de “bosta” durante um podcast, o parlamentar ampliou o tom e passou a classificá-lo como um “estado falido, corrupto e desnecessário”.
O novo ataque foi publicado na quinta-feira (25), por meio da rede social X (antigo Twitter), poucos dias após a repercussão negativa das falas iniciais. Diante das críticas, Bilynskyj tentou minimizar o impacto afirmando que não teria a intenção de ofender a população do Maranhão, mas sim criticar a administração pública estadual.
Segundo o deputado, o comentário estaria relacionado a investigações de corrupção no município de Turilândia, no interior do estado. A justificativa, no entanto, não foi suficiente para conter a reação de parlamentares maranhenses e de setores da sociedade civil.
INVESTIGAÇÃO EM TURILÂNDIA
Em Turilândia, o prefeito Paulo Curió (União Brasil), a vice-prefeita Tânia Mendes e 11 vereadores foram afastados dos cargos por determinação judicial.
Eles são investigados por suposta participação em uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos, principalmente nas áreas da Saúde e da Assistência Social.
O caso é conduzido pela Justiça e segue em fase de apuração, sem condenações definitivas até o momento.
A POLÊMICA
A origem da polêmica remonta à participação de Bilynskyj no podcast “3 Irmãos”, quando o deputado discutia a possibilidade de fusão entre estados brasileiros.
Ao abordar diferenças regionais, ele comparou Santa Catarina ao Maranhão e utilizou termos considerados ofensivos e depreciativos para se referir ao estado nordestino.
A fala repercutiu negativamente em todo o país e foi classificada por parlamentares como xenofóbica e desrespeitosa.
REAÇÃO DA BANCADA MARANHENSE
O deputado Duarte Jr. (PSB-MA), coordenador da bancada do Maranhão, anunciou que irá protocolar uma representação contra Bilynskyj no Conselho de Ética da Casa.
Segundo Duarte Jr., as declarações ultrapassam o limite do debate político e configuram ataque institucional a um estado da federação, além de reforçarem preconceitos regionais.
O parlamentar maranhense informou ainda que o episódio será comunicado oficialmente ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Em nota, ele afirmou ser inadmissível que um deputado federal utilize espaços públicos para desqualificar um estado inteiro, o que, segundo ele, compromete o respeito federativo e a credibilidade do Parlamento.
Caso a representação seja aceita, o Conselho de Ética poderá aplicar penalidades que variam de advertência verbal à suspensão do mandato ou até à cassação, conforme a gravidade avaliada pelos membros do colegiado.

0 comentários:
Postar um comentário