O ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa, mostrou-se magnânimo ao entregar todos os cargos no governo do Estado ocupados por indicados seus naquele município. Apesar de não ter rompido com o governador Flávio Dino, fez isso para demonstrar sua independência política caso a indicação de Dino para sucedê-lo seja mesmo o vice-governador Carlos Brandão (o grupo Leitoa é fechado desde as primeiras tratativas da sucessão de Dino com a pré-candidatura do senador Weverton Rocha ao governo). Mostrou desprendimento e elevou sua estatura no debate político maranhense.
O resquício do grupo Coutinho ocupa praticamente todos os cargos do governo do Estado em Caxias, merecendo ser traçado um paralelo entre as duas cidades.
Apelidados jocosamente de “turma da boquinha” , os remanescentes da desastrosa passagem de Léo Coutinho pela Prefeitura de Caxias acabaram por transformar os órgãos estaduais em Caxias em uma vergonhosa trincheira de politicagem. O Hospital Macrorregional Everaldo Aragão, a despeito de algum bom serviço prestado, confunde-se no município com um comitê de campanha eleitoral, haja vista o caráter politiqueiro existente por lá.
Já tendo declarado compromisso com a candidatura de Weverton Rocha ao governo, o grupo Coutinho não dá, nem de longe, sinais de que terá o mesmo desapego por cargos e benesses do governo Flávio Dino como fez Luciano Leitoa em Timon. Alguns, para transparecer alguma lembrança de hombridade, ensaiam largar o osso tão logo Dino se afaste do governo para concorrer a vaga de senador. Já outros, adotam o silêncio para ver se a futura gestão não enxergue o caráter político adotado por eles nas repartições estaduais.
Como previsíveis que são, tão logo as mudanças nos órgãos estaduais aconteçam, e elas precisam acontecer, os caxienses verão essa turma com os mesmos ‘discursos’ que fizeram nas redes sociais quando perderam o guarda-chuva da gestão Léo Coutinho e passavam dia e noite a criticar os primeiros meses da administração Fábio Gentil em 2017.
Deviam pelo menos se espelhar no exemplo vindo de Timon e repetir o nobre gesto.
Se ainda vivo, Humberto Coutinho certamente teria um gesto de grandeza na condução dessa situação.
Mas não se pode esperar grandeza daqueles que até se regozijam quando apelidados de “turma da boquinha”...
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