As
três pessoas presas suspeitas de envolvimento em um esquema de lavagem de
dinheiro por meio de saques de valores provenientes de emendas parlamentares
foram liberadas neste sábado, 18, um dia após o
flagrante de um saque de R$ 500 mil – R$ 400 mil do quais seriam entregues a
uma deputada na Asembleia legislativa.
A
decisão é do juiz Luís Carlos Dutra, do Plantão Criminal de 1º Grau de São
Luís, após audiência de custódia.
Foram liberados:
Maria José de Lima
Soares,
presidente do Boi de Maracanã e representante da Banzeiro Grande Produções
LTDA;
Larissa Rezende
Santos,
assessora da deputada estadual Andreia Rezende (PSB);
Ivan Jorge da Piedade
Madeira,
presidente da Companhia de Cultura Popular Catarina Mina.
Posicionamentos
Apesar
de assessora da deputada Andreia Rezende (PSB), Larissa Rezende declarou em
depoimento que o valor encontrado em sua mochila seria entregue à deputada
Helena Duailibe (PP), que negou qualquer relação com o caso.
Por
meio de nota, a parlamentar afirmou que foi surpreendida pela notícia do seu
suposto envolvimento e não conhecer quaisquer dos envolvidos na investigação.
“Também
não tive ciência do inteiro teor do inquérito e ainda aguardo essa ciência para
fazer uma manifestação pública. Digo de antemão que nunca recebi ou receberei
em nenhuma hipótese valores indevidos de quaisquer naturezas”.
Deputada Cláudia
Coutinho
Outra
citada nos depoimentos foi a deputada estadual Cláudia Coutinho (PDT). Também
em comunicado oficial, a pedetista disse que que não é investigada pela Polícia
Federal e que a citação do seu nome nos autos do inquérito não significa que
ela tenha participado de irregularidades ou tenha sido beneficiada.
“A
Deputada Estadual Cláudia Coutinho vem a público esclarecer os fatos divulgados
nesta data, em que seu nome aparece em reportagem como sendo citada em
relatório da Polícia Federal, que investiga suposto desvio de recursos públicos
oriundos de emendas parlamentares.
Em
primeiro lugar, destaca-se que a Deputada não está sendo investigada pela
Polícia Federal ou por qualquer órgão relacionado a essa operação, conforme até
o momento disponível.
A
simples menção ao seu nome em algumas matérias jornalísticas refere-se ao fato
de que ele aparece em documento apreendido, intitulado “SECMA – Emendas
Indicadas”, no qual constam nomes de vários Deputados que indicaram emendas à
Secretaria de Cultura do Maranhão (SECMA).
É
importante enfatizar que essa citação não significa que a Deputada tenha
participado de irregularidades, tenha sido beneficiada, ou que exista qualquer
denúncia ou acusação formal contra ela, uma vez que a indicação de emenda
parlamentar é ato legítimo das atribuições parlamentares.
A
Deputada Cláudia encontra-se de licença médica, mas permanece à disposição da
imprensa, da sociedade e dos órgãos competentes para prestar quaisquer
esclarecimentos adicionais que se façam necessários e reafirma que sempre
trabalhará com empenho em favor da população maranhense, observando sempre os
princípios éticos do mandato.”
Assembleia prestará
informações
A
Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema) também se manifestou sobre
o caso afirmando que, “até o presente momento, não recebeu qualquer comunicação
oficial a respeito das notícias veiculadas na imprensa sobre supostos ilícitos
envolvendo atividade bancária atribuída a uma assessora que teria vínculo com
esta Casa”.
Ainda
de acordo com a Alema, “tão logo haja notificação formal, ou seja, solicitado
qualquer esclarecimento pelos órgãos competentes, a Assembleia Legislativa
prestará todas as informações necessárias, colaborará integralmente com as
autoridades responsáveis, como tem sido a prática constante da atual Mesa
Diretora, e adotará as medidas institucionais cabíveis, com total transparência
e responsabilidade”.
(Blog do Gilberto Léda)