Minha Figura

(Rasteira à vista?) Após cafuné de Dino, Ferdinando Coutinho deixa Weverton Rocha em stand by, se anima em fotos com o governador, mas aliados em Caxias só falam no pedetista

17.9.21

Depois da rasteira dada em Márcio Honaiser em Caxias, grupo Coutinho dá todos os sinais de que a próxima vítima será o governador Flávio Dino

Conto do vigário - Acompanhado da primeira-dama Cláudia Coutinho, da deputada Cleide e
do ex-vereador Ironaldo, audiência com Ferdinando no Palácio dos Leões neste ano pareceu
ser uma demonstração clara de que a turma está inserida nos planos de Dino para 2022


Considerado até o início deste ano como um valoroso soldado do projeto “Weverton Rocha governador”, o prefeito de Matões, Ferdinando Coutinho (DEM), tomou uma estratégica distância do senador pedetista na claridade dos holofotes, mas tudo tem cara de ser só migué.

Irmão do saudoso Humberto Coutinho, Ferdinando é considerado por alguns, embora sem o mesmo poder político e capacidade de persuasão do falecido deputado, como herdeiro de parte do seu espólio eleitoral.

Demonstrando aos correligionários, pelo menos até o ano passado, uma certa aversão a Flávio Dino, Ferdinando não engolia o fato de não ser um frequentador assíduo do Palácio dos Leões. Além de não ser recebido nos Leões como uma importante liderança do Maranhão, o prefeito matoense via ao mesmo tempo seus adversários locais serem figuras de proa no governo, onde o ex-prefeito Rubens Pereira e seu filho, Rubens Júnior, estão no 1º escalão do poder estadual.

Sabendo que o ressentimento de Ferdinando era por conta de uma visita ao Palácio dos Leões, Flávio Dino o recebeu em agosto deste ano e tratou de obras no município. As tradicionais fotos do encontro foram divulgadas nos canais oficiais do governo e em diversos sites de notícias. Após esse primeiro encontro palaciano, as arestas entre Dino e Ferdinando passaram a dar todas as evidências que haviam acabado.

Com uma visita de Flávio Dino a cidade de Matões ainda em agosto, onde foram anunciadas a distribuição de mais de 8 mil cestas básicas do Programa Comida na Mesa, entrega de ambulância, kits esportivos, equipamentos do Programa Mais Renda e mais 6 quilômetros de asfalto no município, deixaram o prefeito Ferdinando em estado de graça e consolidou, ou pelo menos pareceu ter consolidado, a velha parceria entre Flávio e o grupo Coutinho. “O nosso governador trouxe muitas alegrias para nosso município, realizando obras e anunciando mais melhorias. Estamos com a cidade toda asfaltada e interligada com outros municípios e, na educação, temos o melhor cenário em anos. Escolas equipadas, novas e realmente dignas”, destacou o prefeito na oportunidade.

Pois bem, após o cafuné certeiro de Flávio Dino em Ferdinando, nunca mais se ouviu o prefeito matoense criticando o mesmo ou se expondo na frente das câmeras com a pré-candidatura de Weverton Rocha ao governo, o que levava a crer que o projeto pedetista em Matões tinha ido pras calendas gregas. Parecia...

Numa jogada milimetricamente calculada, até mesmo o evento realizado em Imperatriz, para oficializar o projeto do pedetista rumo a 2022, Ferdinando não deu as caras e muito menos enviou um representante.

Pronto. O aparente chega pra lá em Weverton Rocha deu ares de que o líder matoense estava inserido no projeto de Dino para a sua sucessão. Ledo engano. A distância para Weverton não veio acompanhada com a esperada aproximação com o vice-governador Carlos Brandão. Apenas Cleide Coutinho, que já está em processo de passagem do bastão para Cláudia Coutinho, ainda dá declarações rumo a Brandão, o que no jogo político é o mesmo que nada, haja vista que a mesma está deixando a política.  

Paralelo ao silêncio de Ferdinando sobre Weverton Rocha, seus correligionários em Caxias estão serelepes na divulgação da candidatura do pedetista ao governo.

A frente do projeto pedetista em Caxias estão o ex-vereador Ironaldo Alencar e o genro de Ferdinando Coutinho, que é vereador na cidade.

Embora o genro do prefeito de Matões seja do baixo clero na Câmara Municipal e insignificante no jogo político da cidade, sua ligação escancarada com Weverton Rocha mostra claramente os rumos do grupo.

Talvez por inexperiência, o deputado e secretário estadual Márcio Honaiser levou uma rasteira inesquecível dessa turma da princesa do sertão, quando gastou muita energia no apoio ao grupo oposicionista em 2020 e hoje chora o leite derramado.

Flávio Dino tem na rasteira do seu secretário um exemplo de como age o que sobrou do grupo Coutinho e que aquela história de manutenção da palavra morreu junto com o saudoso deputado Humberto.

O grupo Coutinho ocupa praticamente todos os cargos do governo do estado em Caxias, numa injusta divisão de poder político no município.

Abre o olho com essa turma, governador!!!

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