Minha Figura

A ratoeira está armada! Licitação de Publicidade – Todo cuidado é pouco na área que mais protagonizou escândalos no governo de Humberto Coutinho

16.8.13
Foram milhões de reais pagos com notas frias pelo ex-prefeito de Caxias à empresa do marqueteiro Carlos Alberto.

Esse filme em Caxias é repetido.

No Jornal dos Cocais, editado por este blogueiro, realizei várias denúncias contra o então prefeito Humberto Coutinho e o seu marqueteiro, Carlos Alberto. 
Prédio da CPL é nitroglicerina pura
 Apresentei notas ficais frias, ou seja, com a discriminação de serviços inexistes e que foram pagas por HC em 2008 e 2009.

Para que o leitor tenha ideia do que acontecia na gestão de Humberto Coutinho, consegui cópias das notas fiscais nº 3290, 3291 e 3292 emitidas nos dias 26 e 27 de abril de 2009 pela Estação Produções (empresa de CA) à Prefeitura de Caxias.

Na nota fiscal nº 3290, emitida em 26 de abril de 2009, o publicitário do prefeito cobra pelos seguintes serviços ‘prestados’ à Prefeitura de Caxias: Criação, Planejamento e Desenvolvimento de Campanha “Todos Contra a Dengue” (R$ 4.800,00); Produção de 50.000 Cartilhas Todos Contra a Dengue (R$ 22.000,00); Impressão de 30 outdoors em policromia (R$ 12.600,00); Veiculação de outdoors por 45 dias Todos Contra a Dengue (R$ 4.500,00); Veiculação de Inserções na TV Difusora e produção de 2vts (R$ 21.000,00) e veiculação e produção de spots em rádios (R$ 11.100,00).

Tentei apurar na época a veracidade da tal campanha Todos Contra a Dengue, pela qual Carlos Alberto cobrou do prefeito Humberto Coutinho 76.000,00 (setenta e seis mil) e nada foi encontrado.

No Centro de Controle de Zoonoses de Caxias, órgão responsável pelo combate a dengue, e consequentemente aquele que faria a distribuição das 50 mil cartilhas cobradas pela Estação Produções, ninguém soube informar nada sobre o assunto. O que existia lá de material informativo no CCZ contra a dengue foi feito e produzido em Caxias pela gráfica Giordânia. Eram apenas 25 mil panfletos intitulado Guerra Contra a Dengue ao custo de R$ 8.125,00. A confecção desses panfletos foi feita após concorrência pública em que participaram 3 gráficas locais e faturadas direto à Secretaria de Saúde, sem intermediação da Estação Produções.

Quanto aos 30 outdoors veiculados durante 45 dias em Caxias ninguém teve conhecimento desse material. Na época indaguei os leitores do Jornal dos Cocais se alguém tinha visto algum outdoor intitulado “Todos Contra a Dengue”? Investiguei intensamente, mas não encontrei ninguém que tivesse visto os tais out-doors.

A nota fiscal nº 3291, emitida em 27 de abril de 2009 dá conta de Criação, Planejamento e Desenvolvimento de Campanha IDEB: Compromisso de todos na educação.

Na criação, produção de 50 mil folders, impressão e veiculação de 60 outdoors da referida campanha e ainda na produção de vts para exibição na TV Difusora e veiculação em rádios locais, Carlos Alberto cobrou da Prefeitura exatos R$ 88.200,00 (oitenta e oito mil e duzentos).

Naquele período, em que a tal campanha supostamente estaria em andamento, fui até a Secretaria de Educação e procurei em diversas salas algum material informativo sobre a campanha do IDEB produzida pelo marqueteiro do prefeito e ninguém soube informar nada a respeito. “É só você acessar o site do MEC e procurar dados do Ideb”, disse uma funcionária na época. Nem mesmo um exemplar dos 50 mil folders cobrados por Carlos Alberto consegui encontrar. Ninguém tinha ideia de onde o marqueteiro havia enfiado tanto folder.

Já a nota fiscal nº 3292, emitida em 27 de abril de 2009 era um desafio a lógica, ao bom senso e a inteligência de qualquer um.

Nela, o marqueteiro do prefeito Humberto Coutinho atola o pé na cobrança de coisas que ninguém nunca viu. Foram mais de 100 mil reais cobrados por campanhas publicitárias que jamais existiram.

Ninguém em Caxias havia visto um único exemplar dos 50 mil folders denominado “Mãe Caxiense”. Os 45 outdoors intitulados “1º de Maio Dia do Trabalhador” não foi visto por nenhum cristão caxiense.

Por esses ‘serviços’, o marqueteiro do prefeito emitiu na época, pela criação do folder Mãe Caxiense, veiculação dos 45 outdoors do Dia do Trabalhador e no custo total da suposta campanha, uma nota fiscal no valor de R$ 102.700,00.

Por conta de todas as suspeitas de corrupção na publicidade da Prefeitura, fiz uma representação contra o marqueteiro Carlos Alberto e contra o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, junto ao Ministério Público.

Desde então, como este blog ainda não existia, denuncio as falcatruas realizadas na publicidade da Prefeitura de Caxias através do Jornal dos Cocais, do qual sou editor.

Após minhas intensas investigações na área, consegui, juntamente com a ação implacável do Ministério Público em Caxias, anular todas as licitações de publicidade do segundo governo de Humberto Coutinho.

Não passou nada de licitações de publicidade durante os anos de 2009 e 2012.

O fato de nenhum desses certames chegarem ao fim, é que, logo no início, detectava o direcionamento das concorrências e elas eram sempre anuladas, já que minhas suspeitas estavam sempre certas e o MP tomava as devidas providências notificando a CPL de Caxias diante das suspeitas existentes.

A última tentativa de HC de beneficiar seu marqueteiro pessoal terminou no indiciamento do próprio, de duas funcionárias suas e ainda do publicitário laranja, Tiago Campos Estevão, que mesmo ‘vencendo’ a concorrência naquela época, não voltou a Caxias para assinar o milionário contrato depois que denunciei a armação no Jornal dos Cocais.

Com tantas falhas, denúncias, suspeitas de direcionamento e escândalos, nada mais natural que na primeira licitação de publicidade do governo Léo Coutinho essas práticas fossem evitadas.

Me enganei redondamente.

Ao não declinarem na Concorrência 005/2013 onde irão gastar R$ 1 milhão de reais, o atual governo deixa margem para todo tipo de especulações e dúvidas.

Esse ‘troco’ de R$ 1 milhão de reais, que ninguém sabe pra onde vai, é só a ponta do iceberg.

Vem muito mais por aí.

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