Depois
dos protestos dos vereadores oposicionistas, e da manifestação forte do
governista Durval Júnior, contra o provável fechamento do Hospital Geral do
Município, surgiu a informação na noite deste quarta-feira, 25, do líder do
governo, Mário Assunção, que o Hospital não será fechado.
Foi a
primeira vez que uma liderança política do grupo Coutinho veio a público dizer
que esse fechamento não aconteceria.
Mas,
apesar da negativa do fechamento, muita gente, inclusive o titular do blog,
está com um pulga atrás da orelha com essa informação.
O
assunto do suposto fechamento do HGM, tão logo o Hospital Regional de Caxias
fosse inaugurado, era recorrente na cidade. Por várias vezes, e pela boca de
diferentes figuras de proa do grupo Coutinho, o titular do blog ouviu isso.
Com a
oposição na Câmara Municipal batendo forte, e com o vereador Fábio Gentil
prometendo liderar um movimento de rua contra o fechamento do HGM, na sessão da
última segunda-feira, 23, o governista Durval Júnior juntou-se aos
oposicionistas na defesa do não fechamento do Hospital Geral e alegou que não
aceitaria a demissão de centenas de pais de família do HGM.
E foi
devido aos fortes discursos da oposição, e da providencial entrada em cena do
governista Durval Júnior que, finalmente os caxienses tiveram uma esperança de
que o HGM não será fechado.
Embora
tenha surgido uma possibilidade de que não haverá o fechamento do Hospital, os
oposicionistas não irão parar com a vigilância sobre o assunto.
Quanto
ao seletivo relâmpago, os vereadores oposicionistas novamente abordaram o
assunto e continuaram a cobrar explicações convincentes que, infelizmente, não
apareceram na voz dos governistas.
“Uma
vereadora faz um documento para o Ministério Público Estadual, para o Ministério
Público Federal para apurar o caso, não entendo porque alguém possa ser contra”,
disse Catulé estranhando o fato da maioria governista não ter assinado a
representação feita pela vereadora Taniery Cantalice que visa esclarecer as incongruências
do seletivo relâmpago do Hospital Regional.
Sobre
os boatos que vereadores da base aliada de Léo Coutinho indicaram pessoas para
trabalhar no Hospital Regional, Catulé mais uma vez abordou o assunto que
circula nos bastidores. “A gente tem conhecimento na rua que aqui tem
6 colegas que foram beneficiados [com indicações para o Hospital Regional]”,
denunciou Catulé sendo aparteado pelo vereador Neto do Sindicato que negou que
tenha feito qualquer indicação. “Se qualquer pessoa disser que o Neto do
Sindicato indicou alguém, eu autorizo ao colega Catulé dizer aqui na Câmara
quem é essa pessoa”.
“O
negócio foi tão escandaloso que deixaram o rabo de fora”, continuou
Catulé ao lembrar que a mesma pessoa aparece duas vezes como aprovada no
Seletivo.
Sabe
de nada inocente...
Como
não poderia deixar de ser, a vereadora Tais Coutinho fez novamente seu
espetacular pronunciamento ao negar saber de indicação de alguém para trabalhar no Hospital Regional de Caxias. “Se vossa excelência chegar e disser: Tais,
você botou fulano, sicrano, eu desafio a qualquer um que chegar, pode ir atrás
mesmo, foi a Tais que colocou, eu faço o desafio, eu faço o desafio... porque eu
acho se fosse colocar, eu colocaria minha irmã que não passou no seletivo... E
se vossa excelência chegar e disser: olha Tais eu tenho provas, digo de todo
coração que não vou ficar chateada... e desafio a qualquer pessoa que disser...
que mostrar a pessoa, a pessoa tem que vim aqui e a pessoa disser que foi a
Tais que colocou”, discursou a prima do prefeito de Caxias e
representante da família Coutinho na Câmara num aparte ao discurso de Catulé provocando
constrangimento em todos os presentes na Câmara.
Quando
voltou ao microfone, Catulé fulminou o pensamento infantil da colega. “Segredo
só é segredo quando é dito por duas pessoas”, finalizou ele arrancando
risos da platéia.
Papel
de palhaços
Durval
Júnior mais uma vez lamentou o fato de milhares de pessoas terem acreditado na
possibilidade de emprego e acabarem passando por grande constrangimento ao
final do processo de seletivo. “Botaram cerca de 15 mil pessoas para fazer
papel de palhaço e isso é uma vergonha, uma vergonha esta Casa se calar diante
de tamanho descalabro e é por isso que na última sessão eu fiz questão de dizer
que podiam fazer o documento e faça a retificação para o Ministério Público
Federal que terá a minha assinatura e assim mantive meu compromisso”
disse ele.
Já
Fábio Gentil também ocupou a tribuna e lembrou do histórico do grupo Coutinho
com a saúde do município.
“Com a
ida de vários profissionais do HGM para outros órgãos do município, como é que
o hospital do município vai funcionar? Será que é com o prefeito, que não pisa
nem na Prefeitura?”, indagou Fábio que continuou com as suas suspeitas.
“É
fechamento do Hospital sim, mas cedo ou mais tarde vão fechar”,
ressaltou ele enumerando em seguida: “Fecharam o Sinhá Castelo com a ideia que reformariam
e que lá ia funcionar alguma coisa e quanto tempo já se passou; fecharam o
Hospital Dia; vários postos de saúde estão fechados há quase dois anos e não
reabrem”, disse ele que suspeita que irão reabrir somente nas vésperas das
eleições. “Será que estão aguardando pro próximo ano, o ano da eleição, fazendo
nosso povo sofrer cada vez mais?”, interrogou.
“Com a
enorme repercussão sobre a possibilidade de fechamento do HGM nas redes sociais
e por toda a cidade, fechar aquele hospital não é um tiro no pé, é um tiro no
coração”, comentou Durval Júnior em aparte ao discurso do
oposicionista.
Com as
fortes suspeitas de que o HGM irá ser fechado assim que o Hospital Regional for inaugurado, a oposição na Câmara promete ficar atenta a todo e qualquer movimento
que indique que o governo Léo Coutinho continuará fazendo do seu governo o retrato
da incompetência.