Dados de março apontam que de 1.476 comissionados da Casa, apenas
próximo de 500 realmente trabalham
Do Atual 7 - Em
greve desde o início da semana, servidores efetivos da Assembleia Legislativa
do Maranhão realizam, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira 22,
uma intervenção na área externa da sede do Poder Legislativo em protesto por
melhores condições de trabalho e salários, por meio da reforma do Plano de
Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), e contra o inchaço da folha de
pagamento com funcionários fantasmas.
Para
chamar a atenção da sociedade para a falta de moralização da administração
dos recursos públicos na gestão do atual presidente da Casa, deputado
Humberto Coutinho (PDT), dezenas de estacas com cobertores e máscaras
fantasmas foram fixadas em frente à Avenida Jerônimo de Albuquerque,
uma das mais movimentadas da capital.
Toda
a movimentação acontece, inclusive, na mesma data em que a Assembleia
Legislativa preside pela primeira vez, com a presença do governador Flávio Dino
(PCdoB), uma reunião ampliada do Colegiado de Deputados Parlamentares da
Amazônia, o Parlamento Amazônico no Maranhão.
Os
servidores em greve atribuem a Coutinho a motivação do movimento
paredista, ao descumprir o acordo estabelecido com a categoria de
implantação do PCCV por conta da grande quantidade de funcionários fantasmas.
A
mobilização do primeiro dia da greve consistiu na concentração dos servidores
em frente à porta do Plenário, munidos de faixas e cartazes com palavras de
ordem, solicitando apoio dos deputados ao movimento, denunciando a presença de
comissionados fantasmas e repudiando os atos de alguns diretores que, com
ameaças de corte de ponto e avaliações negativas do Estágio Probatório,
tentaram intimidar a participação dos servidores.
De
acordo com levantamento feito pelo Sindsalem (Sindicato dos Servidores da
Assembleia Legislativa do Maranhão), até março deste ano, dos 1.939
funcionários do Legislativo estadual, 76%, isto é, 1.476 são de cargos em
comissão cuja natureza de ocupação é transitória, restando 24%, ou seja,
apenas 463 que representam os servidores efetivos e estáveis, sendo que 15
estão à disposição de outro Poder ou foram requisitados com ônus para a Casa do
Povo.
Pela
movimentação na Assembleia e uma lista que está sendo analisada pelo Atual7, destes
1.476 comissionados, pelo menos próximo de 500 realmente trabalham. O
restante desta folha é que seria todo constituída por fantasmas.
Com
base na Lei de Acesso à Informação (LAI), o número atualizado de servidores da
AL, do mês de outubro, será solicitada ao Departamento de Pessoal. Com o hiato
até então desconhecido da quantidade de pessoas que entraram como comissionados
principalmente na Presidência da Casa, suspeita-se que o número de
fantasmas seja bem maior.
0 comentários:
Postar um comentário