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Hospital regional, licitação milionária, taxa ilegal cobrada na Veneza e vereadores governistas se estranhando!!! Teve de tudo na Câmara Municipal de Caxias nesta segunda-feira

20.10.15
Sessão quente na Câmara

A sessão desta segunda-feira, 19, na Câmara Municipal de Caxias, apesar de não ter sido muito longa, foi repleta de debates com temas interessantes.

Puxando o primeiro tema da sessão, o vereador Fábio Gentil tratou das licitações milionárias que aconteceram na manhã e tarde desta segunda-feira na CPL do município, que de acordo com ele, tem como objetivo recuperação de praças e prédios públicos e deixa muito vago, pois não especifica quais são os prédios. “A notícia dessas licitações foi tratada em um blog de Timon e também aqui de Caxias, o que acabou dificultando os planos para que fossem direcionadas”, disse Fábio acrescentando que devido a denúncia da imprensa, “tiveram que suspender e abrir os envelopes em data posterior, pois todos já sabiam quem seria a empresa vencedora”.

Apesar da denúncia das licitações milionárias do município ter potencial para ser a notícia bomba da sessão legislativa desta segunda-feira, foi o possível fechamento do Hospital Geral do Município, tão logo o Hospital Regional seja inaugurado, que acabou dominando a maior parte dos debates.

Fábio Gentil iniciou o assunto dizendo que, “se houver o fechamento do Hospital Geral, como está sendo divulgado nos quatro cantos da cidade, inclusive em reunião dentro do HGM, de que irão demitir os funcionários e fazer uma reforma lá, trata-se de um engodo, pois é uma reforma pra começar e não terminar nunca”, disse o oposicionista conclamando Léo Coutinho para que ele não feche o Hospital, “por que não adianta a gente abrir um hospital e fechar outro”.

Em seguida, Catulé foi mais enfático ao condenar o suposto fechamento do Hospital Geral e transferência dos seus equipamentos para o Hospital Regional que, para ele “seria mais fácil transferir esses equipamentos para o prédio onde funcionou a Casa de Saúde”, sugeriu Catulé que continuou a criticar a suposta transferência afirmando que “transferir esse hospital é coisa de mau elemento no comando desse município e mais mau elemento é esta Casa se não gritar”, protestou ele indagando porque os caxienses não se revoltam com coisas desse tipo.

O governista Antonio Luis, que é médico na rede pública, confirmou que existe um projeto para reforma do HGM, mas que o hospital não será fechado. “O Hospital do Estado irá receber os pacientes após triagem”, disse o vereador que demonstrou ter esperança que “as melhorias na saúde estão bem perto de chegar”.

Ocupando a tribuna, o líder do governo, Mário Assunção, disse que o assunto do suposto fechamento do HGM para reforma é sério e tem que ser discutido com toda a base e que o mesmo deve ser mesmo reformado, mas por determinada ala de cada vez, “pois não se pode fechar aquele hospital”.

Samba de uma nota de só

Pedindo um aparte no discurso de Assunção, a sempre surpreendente Tais Coutinho tentou enquadrá-lo e soube como ninguém desperdiçar um momento interessante do debate político da cidade e passou a falar, entre outras coisas, na única pauta considerada positiva do desastrado governo Léo Coutinho, que é o pagamento dos salários em dia. “Antes de falar de Caxias, vamos olhar a vizinhança. Caxias precisa, e muito... A situação tá difícil né aqui, não. A situação tá é boa comparando com muitos lugares... Caxias tá caidinha? Eu desafio: Caxias é o único lugar do Maranhão que se paga dia 20 é Caxias. Não tem outro município dentro do Maranhão que pague dessa forma”, repetiu Tais no único discurso positivo possível na atual administração e recebendo um grito disparado das galerias de que aquilo [pagar em dia] era obrigação. Nesse momento, vários dos populares presentes na Câmara começaram a gritar e confrontar Tais Coutinho fazendo com que a presidente Ana Lúcia intervisse pedindo o silêncio da plateia.

Apesar dos milhões...

Quanto a reforma ou não do HGM, Tais Coutinho disse que as dívidas da saúde de Caxias são enormes e que uma reforma seria muito difícil. “Como líder do governo e amigo do Léo e do Humberto, vossa excelência sabe hoje da situação financeira do município. Fico até abismada vossa excelência dizer que não pode fechar”, declarou a vereadora num tom que parecia querer dar uma lição no colega governista e revelando em seguida que o endividamento com fornecedores é muito grande.

A revelação de que existe um grande endividamento no setor da saúde do município pegou a todos de surpresa, haja vista dos milhões recebidos do governo do Estado nos últimos meses para pagamento de fornecedores.

Ouviu ou não quis ouvir?

Após o confuso aparte de Tais Coutinho, Mário Assunção foi ferino na resposta. “Não sei se vossa excelência está escutando direito ou não quer escutar. Em nenhum momento aqui eu falei que não queria saber se o Hospital iria fechar ou não. Eu quero dizer pra vossa excelência que a gente tem que ter opinião e a minha opinião é que o hospital não deve fechar e não vai mudar a minha opinião em relação a isso. Eu acredito que até hoje nenhum hospital de Caxias foi reformado com dinheiro do município. Todos os políticos, inclusive seu tio, é um profissional em captação de recursos e ele sempre captou recursos fora para fazer. Ele simplesmente triplicou a capacidade do HGM em internação e atendimento, então nós temos que dialogar e chegar num denominador comum”, disse o líder do governo reafirmando que era amigo do prefeito Leonardo e do deputado Humberto Coutinho “e eles também sabem da minha opinião”.

Taxa ilegal na Veneza

Em outro tema do discurso, Assunção tratou da campanha Outubro Rosa e em seguida abordou a cobrança de taxa ilegal no Balneário Veneza feito no último feriado. “Vi a resposta do administrador da Veneza em um blog local e essa resposta me deixou mais abismado, pois na sua resposta ele diz que fez um acordo com as empresas de turismo e me leva a pensar: com autorização de quem esse acordo foi feito?”, questionou o líder do governo acrescentando que, “até onde sei, a Veneza é patrimônio municipal e quem pode fazer qualquer tipo de acordo tem que fazer com autorização do prefeito municipal ou pelo secretário da pasta. E se for qualquer coisa referente a cobrança de taxa, tem que ser aprovada pela Câmara Municipal” explicou Assunção surpreendendo-se mais ainda com a continuação da resposta do administrador Zé Mário Júnior, “que disse que o dinheiro foi revertido para contatação de garçons, aluguel de mesas, contratação de salva-vidas, seguranças e melhorar a infra-estrutura” continuou o líder governista perguntando aos demais colegas se era atribuição da Prefeitura “taxar os visitantes para pagamento de seguranças, aluguel de cadeiras, garçons?”. “Diante disso, vamos fazer um oficio assinado pela bancada do PPS pedindo mais uma vez aos órgãos competentes a prestação de contas dessas cobranças com seus devidos recibos e notas fiscais das despesas que foram realizadas e pedindo ainda a suspensão imediata da cobrança dessa taxa abusiva”, finalizou o parlamentar que ainda recebeu da oposicionista Taniery Cantalice solidariedade para assinar o oficio pedindo explicações da Prefeitura.

7 comentários:

  1. Unknown disse...:

    TODO POVO CAXIENSE SABE QUE HUMBERTO COUTINHO NÃO TEM INTERESSES QUE SE INSTALE HOSPITAIS PÚBLICOS AQUI EM CAXIAS. POIS A CASA DE SAÚDE PERDERIA MUITO DINHEIRO.

  1. Anônimo disse...:

    Se ocorrer o fechamento do Hospital Geral completamente para reforma, aqui em caxias ocorrerá uma revolução. Todos sabemos que o Hospital Regional foi construído para melhorar a qualidade da assistência para caxias e região que a finalidade destes hospitais não é acabar com os hospitais municipais e que em todas as cidades que receberam não houve fechamento de hospital municipal. O recurso que vem para média e alta complexidade se divide em 70% de recursos federais e o restante em estadual e municipal o recurso do Hospital geral é certo! Caso feche esse recurso vai ser transferido para o regional e se juntará com os recursos novos que virá para o mesmo. O que o governo municipal e a empresa privada que explora a saúde aqui no município quer é lucrar encima disso tudo. Quem explora o setor privado de saúde aqui em caxias se não os cutias!. Mais hospitais significa mais assistência, mais saúde, MAIS EXAMES, mais médicos e profissionais trabalhando, mais qualidade. Caso os dois hospitais funcionando a todo vapor - é para isso que pagamos tanto imposto – irá ocorrer à diminuição da demanda no setor privado, o que eles menos querem, essa história que o Geral fechará para reforma é conversa para boi dormir! Pode ser realizado uma reforma e precisa, mas fechar completamente isso é inadmissível.. E o povo tá de olho nade de só um faz de conta que está funcionando em caso de reforma.

  1. Anônimo disse...:

    Léo Pede uma licença urgente para a Tais Coutinho ou ela vai terminar de acabar com teu desastroso governo, essa mulher é completamente desnorteada da realidade deste município assim como vossa excelência também.

  1. Anônimo disse...:

    Precisamos de políticos que pense na coletividade, nas pessoas e não em pessoas que dizem ser políticos, mas buscam seus próprios interesses. É uma tremenda vergonha o que acontece na nossa cidade hoje! pessoas que vêm de outros estados, cidades e se apoderam de nossa cidade, pessoas que tem um único interesse que é o de aumentar o seu patrimônio e o dia sua família. A gente "povo" vamos dar uma resposta em 2016 pode esperar Caxias acordou!!

  1. Anônimo disse...:

    O povo deveria se reunir e reivindicar essa situação

  1. Anônimo disse...:

    Zé Mário, sei do seu esforço por uma Caxias digna....

    pelo seu nome e de sua distinta e tradicional família, abra o jogo e diga quem o mandou fazer isso meu amigo...

    abraço,

    o seu amigo das antigas

  1. Anônimo disse...:

    sou acadêmica de enfermagem da UEMA e concordo que o HGM precisa urgente de uma reforma, tive vários estágios la e as condições la são de uma reforma.. não tem como fazer reforma com pacientes internadas..pois o cimento, a tinta e demais matérias de construções contem produtos químicos que podem causar danos a saúde do paciente, principalmnete pacientes que possuem problemas respiratórios

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