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Numa noite que os
membros da AGLEPS entregavam convites para a Parada da
Diversidade, quem
brilhou mesmo foram os meninos da UJS
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A sessão da Câmara Municipal de Caxias na
noite desta quarta-feira, 02, vai ficar na história como a que proporcionou o
maior mico do ano.
Mas o mico do ano não foi protagonizado pela
maioria absoluta dos vereadores, mas sim pela UJS – União da Juventude
Socialista, cujos membros chegaram na Casa do Povo momentos antes do início da
sessão com faixas, apitos e prontos pro que desse e viesse.
E de fato estavam prontos mesmo pra agitação.
Ao levantar faixas com frases desconexas,
dizendo-se contra “a Ditadura Militar”,
“contra o voto secreto” e “voto secreto é voto comprado”, o
público e nem os vereadores entendiam nada.
Era a demonstração que os meninos da UJS estavam
ali orientados por alguém tão ou mais por fora de qualquer assunto a ser
tratado no legislativo como eles.
Atônita, a presidente Ana Lúcia deu início a
sessão ordinária e abriu o microfone para os parlamentares no pequeno
expediente.
Primeira a pedir a palavra, a vereadora Tais
Coutinho, a campeã dos discursos infelizes, deu a senha para clarear a
patacoada protagonizada pela meninada da UJS.
“Eu sou contra o voto secreto”,
bradou a vereadora sendo fortemente aplaudida pela UJS e trazendo perplexidade para os demais
vereadores que não entendiam nada do seu discurso e nem da presença das faixas
contra a ditadura militar e contra o voto secreto.
Mostrando mais uma vez que é nesses momentos
que se torna um gigante, o vereador Catulé, farejando os autores e os
interesses por trás daquele protesto pastelão, foi fulminante e preciso na sua
análise.
“O Congresso Nacional tem várias formas de
votação. Algumas são abertas e outras são secretas, como no caso da recondução
do Procurador Geral da República, numa forma de evitar constrangimento aos
parlamentares”, explicou Catulé para em seguida estranhar o patético ‘protesto’
da UJS. “Não sei o porque do protesto, mas sei que toda votação nesta Casa, a
favor ou contra, eu declaro o meu voto”, disse o vereador para em
seguida deixar um duro recado: “nenhum gigolô da vida vai impedir o vereador
Catulé de votar de acordo com a sua consciência”.
Encerrando o discurso, Catulé foi mais
enfático em condenar os supostos autores do mico do ano na Câmara. “O que
eu condeno são os gigolôs da vida que chupam o sangue da população caxiense”.
Tanto a presidente Ana Lúcia Ximenes quanto o
líder do governo Mário Assunção, explicaram que a polêmica em torno do assunto
foi criada por conta da votação do novo Regimento Interno da Câmara, que embora
já esteja praticamente pronto, precisa de alguns pontos a serem debatidos entre
os vereadores. “As questões que ainda estão em aberto dizem respeito aos
interesses internos desta Casa”, disse Ana Lúcia.
Com a presença de membros da Agleps, que
estavam na Câmara reforçando o convite para a Parada da Diversidade que será
realizada nos próximos dias, o convite para o evento acabou perdendo o brilho,
pois na noite desta quarta-feira, 02, quem brilhou mesmo foram os meninos da
UJS.
A polêmica criada deu-se pela mudança de
horário das sessões e, principalmente, pela discussão da forma de votação a ser
colocada em prática no novo Regimento Interno.
Em nenhum momento, de acordo com a fala de
todos os presentes, com exceção de Tais Coutinho, foi discutido data e muito
menos a forma que se darão as votações no legislativo caxiense, haja vista que
ainda estão em fase de análise pelos vereadores.
Merece um troféu de pateta do ano quem ouviu diferente
e após a reunião interna dos vereadores ocorrida na segunda-feira, 31, arregimentou
os meninos da UJS para protagonizarem o mico do ano na Câmara.
Esses membros do UJS, tem até emprego na Prefeitura recebendo seus salarinhos, e emprego no Estado é mais impressionante recebendo salário de R$ 1500,00 reais da regional de Saúde e Educação, sendo que é dinheiro público da população, pagando esse pessoal, manifestação que não é políticas públicas.