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Revolta no ventilador!!! Mototaxistas protestam com buzinaço contra lei que regulamenta categoria e cobram posição dos vereadores

12.5.15
Com um presidente de Sindicato que não os representa (pois suspeita-se que nem carteira de habilitação possui); com um limite de vagas para explorar o serviço; com altos custos para padronização das motocicletas e com um prefeito impopular no meio, o enredo estava preparado para se transformar numa grande revolta de parte da categoria dos mototaxistas que, pela lei aprovada pela maioria governista na Câmara, estava anunciada que iria acontecer, como de fato aconteceu nesta segunda-feira, 11.

Estima-se em pelo menos 3 mil mototaxistas excluídos do número estipulado pelo governo Léo Coutinho para explorar o serviço de transporte de passageiros em Caxias.

E foram esses excluídos, que agora estão sujeitos aos rigores da lei da categoria, que prevê pesadas multas e apreensão dos veículos que não estiverem devidamente enquadrados nas normas do texto sancionada por Léo Coutinho, que fizeram um grande buzinaço nesta segunda-feira, 11, que culminou com a ‘invasão’ da Câmara Municipal minutos antes do início da sessão ordinária.

Dentro do prédio, os mototaxistas faziam um “corredor polonês” para recepcionar os vereadores, sendo que os governistas recebiam fortes vaias, enquanto os oposicionistas eram aplaudidos efusivamente ao passarem.

Na ante-sala do Plenário, com um pequeno grupo de vereadores e alguns mototaxistas, foi ensaiada uma tentativa de restringir o encontro com a categoria e transformá-lo numa reunião a portas fechadas.

Momento que Ana Lúcia Ximenes ‘cede’ a cadeira para Paulo Simão
Vendo o clima esquentar, e temendo o pior, a presidente Ana Lúcia Ximenes convocou reforço da Guarda Municipal, bem como da Polícia Militar para garantir a integridade dos presentes.

Quando tudo caminhava para uma reunião entre 4 paredes, sem a presença da imprensa e do barulhento e insatisfeito público de mototaxistas, eis que o vereador Catulé, que se recuperava de um acidente, chega no prédio e, por se tratar de um caso excepcional, organiza uma sessão ordinária com a presença da categoria dos mototaxistas junto com os vereadores.

Oposicionistas apoiaram protesto dos mototaxistas
Atônita com a situação, e farejando cheiro de queimado no ar, a presidente Ana Lúcia Ximenes, rapidamente, transforma a sessão numa audiência pública, colocando o vereador Paulo Simão, que é presidente da Comissão de Transportes, para descascar o indigesto pepino que se transformou a revolta dos trabalhadores excluídos pelo governo Léo Coutinho.

Sempre que é questionada por algum parlamentar de oposição sobre a regularidade de algum ato na Câmara, a presidente Ana Lúcia saca da bolsa o Regimento Interno para justificar suas posições.

Fábio Gentil defende mudança na lei para que toda
a categoria seja beneficiada
Bem, caso ela olhe com atenção, transformar uma sessão ordinária em audiência pública, onde Paulo Simão foi empurrado para resolver algo que ele não foi convocado, a presidente foi contra as normas do Regimento que ela tanto prega, pois não se atentou que uma audiência pública deve ser convocado com o mínimo de 72 horas.

Nas argumentações dos vereadores oposicionistas, as críticas ao prefeito Léo Coutinho foram abundantes.

Entre os governistas, o destaque foram as vaias dirigidas ao vereador Luis Lacerda, que também foi xingado pelo público.

Na sua fala, Catulé conclamou os mototaxistas para manterem a trincheira de luta e continuarem firmes nos protestos.

Toda categoria só é ouvida nos protestos”, disse catulé citando o caso dos bancários, “que fazem greve, pedem 50% de reajuste e sempre conseguem algum benefício”.

Catulé alertou ainda que a lei aprovada, “pode ser mudada por esta Casa, pois para isso basta o povo pressionar”.

Fábio Gentil também foi outra voz a defender a categoria, lembrando que são milhares de pais de família, “que não podem perder o pão de cada dia”. “A Prefeitura tem milhões para fazer troca de canos, para carnaval, para eventos de todo tipo e não tem para subsidiar benefícios para vocês?”, questionou o vereador sendo ovacionado na Câmara. “Precisamos de dois terços dos membros desta Casa para derrubarmos essa lei e fazermos outra ouvindo toda a categoria”, finalizou Fábio.

Taniery Cantalice, que no ano passado puxou o debate sobre a aprovação da lei dos mototaxistas, também ficou ao lado dos manifestantes, bem como Benvinda Almeida, que sempre se mostrou contrária a alguns pontos da lei aprovada ainda no ano passado e que acabou por criar toda essa celeuma.

Entre os mototaxistas que participaram da sessão, as manifestações basearam-se na falta de representatividade do Sindicato da categoria, bem como a discussão da lei aprovada e os custos da padronização dos veículos, que terão que ser pintados de amarelo, e com isso perderão valor de revenda.

Com o clima já pegando fogo, e vendo que uma solução teria que ser tomada devido ao grau de insatisfação daqueles pais de família temerosos em perder o seu ganha pão, o vereador Paulo Simão declarou que irá levar até o prefeito um pedido para paralisar a aplicação da lei nos moldes que ela foi criada, bem como deu o prazo de 1 semana para apresentar aos mototaxistas um veredito sobre o imbróglio.

Por sua vez, os mototaxistas deixaram o prédio da Câmara Municipal prometendo mais protestos caso não tenham uma solução para o problema.

5 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Está chegando ao fim mais um ciclo politico em Caxias...Sabá é muita coincidência ou supertição mesmo, isso politicamente o que vem acontecendo na cidade na princesa do sertão "É A MALDIÇÃO DOS 12 ANOS"?...

    Ass: Jovem Morador do Bairro

  1. Anônimo disse...:

    eu ti disse lacerdinha. sai desse barco que ele ja afundou. e com certeza vão te levar junto para o fundo da boca da porca.

  1. Anônimo disse...:

    COM TANTOS PROTESTOS PELOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E ATÉ PELA POPULAÇÃO, CAXIAS AFASTARÁ ESSA FAMÍLIA DO PODER NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

  1. Anônimo disse...:

    Fim dos babões nojentos!!!!!!!!!!!!

  1. Anônimo disse...:

    Desculpe, não gosto do prefeito, mas padronização (com limitação de vaga) é algo previsto em lei. Sempre infelizmente outros não querem fazê-lo de maneira correta, só resta lamentar, pois cidades com Balsas, São Luís e Teresina já tem isso regularizado e superado

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