E os R$ 200 mil???
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O assunto
é recorrente, o enredo também, mas os atores, para não ficar na mesma chatice
de sempre, mudaram.
E a licitação???
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Durante
mais de uma década, nas administrações da família Coutinho em Caxias, o
empresário Fernando Júnior, sócio da enrolada A4 Entretenimento, empresa que
monopolizou as festas de carnaval e festejos juninos de dezenas de prefeituras
do Maranhão, ganhava todas as licitações para a realização de eventos na
princesa do sertão. De ‘quebra’, Fernando Júnior também beliscava uma ‘ponta’
no seu instituto de pesquisa, o Escutec, em plagas caxienses.
Mas
eis que surge, para alguns, um chato e inconveniente Ministério Público, que se
prontificou a investigar essas ‘coincidentes’ vitórias de licitações no
território maranhense.
O
sócio de Fernando Júnior, Fabiano Bezerra da Silva, foi preso nessa operação do
Ministério Público e o mundo de conto de fadas nas prósperas licitações em
Caxias e outras sofridas cidades maranhenses chegou ao fim.
E como
ficaria o carnaval em Caxias sem Fernando Júnior e sua A4 Entretenimento? Como garantir
a certeza na vitória e na realização do insosso carnaval caxiense produzido
pela vencedora perpétua dessas licitações?
Com
uma alegada crise financeira que deixou o governo Léo Coutinho alcançar índices
de popularidade desesperadores, eis que chega ao governo do Estado um aliado
generoso.
Através
do convênio 010/2015, o governo do Maranhão, via Secretaria de Cultura,
destinou o valor de R$ 600 mil reais para a realização do carnaval no município.
Quanta
sorte do governo Léo Coutinho, hein!!!
Mas,
mesmo tendo o dinheiro, como fazer a licitação se a sortuda A4 Entretenimento entrou
em desgraça?!
Essa
pergunta, caros leitores, infelizmente não tenho a resposta, mas a questão da
licitação parece que tornou-se apenas um ‘detalhe’ na trama.
O
carnaval caxiense existiu, mesmo sem a A4 Entrenimento.
A
novidade do local escolhido para ser o ponto alto da festa (Avenida Alexandre
Costa) agradou aos foliões.
Vamos
aos detalhes sórdidos...
Em 06
de fevereiro deste ano, a poucos dias do início da folia momesca, a Prefeitura
de Caxias pagou à empresa Pink Elephant SLZ Ltda, a quantia de R$ 200 mil reais
a título do pagamento da primeira parcela da produção e realização de shows artísticos
do Carnaval 2015, com apresentação de 9 shows de artistas e bandas.
Já na quarta-feira,
dia 11 de fevereiro, com tudo pronto para o pontapé inicial da festa, a
Prefeitura de Caxias faz outro pagamento à Pink Elephant SLZ no valor de R$ 200
mil reais referente a segunda e última parcela da produção e realização de
shows artísticos do Carnaval 2015, com apresentação de 9 shows de artistas e
bandas, o que totalizou R$ 400 mil o custo do evento.
Os pagamentos
estão listados no capenga Portal da Transparência do município, aquele que só é
atualizado a cada 2 ou 3 meses, quando a Lei diz que deve ser feito em tempo
real.
Bem,
mas não foram R$ 600 mil reais do convênio 010/2015 em que o governo do Estado
disponibilizou para a realização do Carnaval em Caxias?!
O
chato nesse negócio de Lei da Transparência é que o município, no caso de
Caxias, tem que prestar contas dos recursos que recebe e onde os aplica.
O
troco que sobrou do convênio 010/2015 no valor de R$ 200 mil reais para
realização do Carnaval caxiense entra para as estatísticas sombrias da
Prefeitura de Caxias que não presta contas regularmente como deve fazer.
Ainda
bem que existe Ministério Público em Caxias e que pode e tem os meios para
investigar o paradeiro desse troco de R$ 200 mil reais, bem como da licitação
que amparou a contratação da empresa Pink Elephant Ltda para realizar o
carnaval.
Essa
galera não se emenda mesmo. Nunca!
tanta ilegalidade da prefeitura e o ministério público nem fala em improbidade administrativa do prefeito