Tombado pelo patrimônio histórico, o prédio
da Câmara Municipal de Caxias vive eternamente em reforma.
No início de cada legislatura, reparos no
teto, remendo numa parede aqui, noutra acolá, pintura de salas e tantas outras intervenções,
já fazem parte do cotidiano do legislativo caxiense.
O anúncio de que o prédio todo pode desabar
devido a inclinação de suas paredes pegou muita gente de surpresa.
Não se concebe um perigo tão grande ao ponto
de suspender as sessões repentinamente sem que os engenheiros, que há tanto
tempo trabalham no local, não tivessem diagnosticado isso bem antes.
Ao reunir os colegas para informar sobre o
risco que todos corriam, a presidente da Câmara não apresentou o que todos
esperavam: um laudo do Corpo de Bombeiros recomendando a urgência na interdição
e condenando o prédio.
Recentemente o Corpo de Bombeiros recomendou
a interdição da União Artística Operária Caxiense por conta da inclinação e o
estado precário de suas paredes.
Algo parecido não aconteceu na Câmara e deixa
muitas indagações no ar.
Se é urgente, onde está o laudo do Corpo de
Bombeiros, do CREA ou de qualquer órgão que atua na área de engenharia que
justifique uma reforma urgente e de extrema necessidade?
Pelos padrões adotados nas pequenas reformas
do legislativo nos últimos anos, prevê-se uma “pindaíba braba” nos próximos
dois anos da gestão de Ana Lúcia Ximenes. Será uma obra na casa dos milhões.
E pensar que tinha vereador cheio de
expectativas na véspera da eleição da Câmara achando que agora tudo ia ser
‘diferente’...
Será diferente, mas bem distante do que
muitos imaginavam.
Sabá, muito estranho o prédio da Câmara Municipal esta precisando de reforma, porque ha poucos anos atras, foi gasto uma fortuna com a reforma desse mesmo prédio, inclusive dos gabinetes.